- Prof. Mantovani, no que implica este encargo?
O Presidente, com o Vice-Presidente e o Secretário Geral, coordena as atividades da Conferência. Isto é, promove antes de tudo a colaboração entre as Universidades Pontifícias Romanas, e as representa nos encontros das associações internacionais das Universidades, junto aos Dicastérios vaticanos, o Estado Italiano, a União Europeia… Colabora de modo particular estavelmente com a Congregação para a Educação Católica e com a Agência da Santa Sé para a Avaliação e Promoção da Qualidade das Instituições Acadêmicas Universitárias.
- Qual pode ser a contribuição específica de um Salesiano em tal encargo?
Nós temos como tema crucial da nossa Universidade exatamente a Educação, a atenção ao mundo dos Jovens. Creio que neste sentido poderemos oferecer uma contribuição particular à reflexão sobre a formação, a identidade, as tarefas da Universidade, relativamente aos Jovens, sobretudo neste momento em que a realidade juvenil volta a ser aprofundada quer pela Igreja – dedicará ao tema Jovens o próximo Sínodo dos Bispos –, quer por toda a sociedade, com uma nova atenção à emergência educativa.
- Quais serão os desafios principais a serem enfrentados à frente da CRUPR?
Há certamente a promoção da oferta formadora ‘específica’ das Universidades Pontifícias: cultivar o “novo humanismo”, o que requer um profundo diálogo das disciplinas, desde as teológicas às de ciências humanas e sociais. Trata-se de veicular a contribuição cultural que as universidades pontifícias podem oferecer.
Outro tema a ser acompanhado com interesse refere-se ao reconhecimento dos títulos pontifícios em diversos países, inclusive a Itália, sem descuidar da obra de cooperação entre as Universidades, sobretudo na ótica da consecução por parte de cada instituição das próprias finalidades específicas. Trabalhar, em concreto, por alcançar uma oferta formativa cada vez mais coordenada, na qual cada Universidade Pontifícia ofereça às demais, à Igreja, ao mundo da cultura e à inteira sociedade quanto lhe for mais característico, evitando quiçá, quando possível, redundâncias, favorecendo ao invés colaborações integradas e aprofundamentos na pesquisa.