Logo no início da manhã desta terça-feira (12), o Reitor-Mor reuniu-se com a Comunidade Missionária Salesiana de São Marcos, com a presença das Filhas de Maria Auxiliadora que trabalham junto com os Salesianos. Após a oração de Laudes, o Reitor-Mor dirigiu palavras de incentivo aos Coirmãos missionários que ali trabalham, praticando um dos pilares da vocação salesiana.
No final da manhã, Dom Ángel foi até a aldeia Nossa Senhora de Fátima, que recebe atendimento dos salesianos da presença missionária de São Marcos.
O local fica a aproximadamente uma hora de carro - em estrada de chão - da Casa Salesiana Missionária. O céu azul e a terra branca intensificaram as cores das pinturas corporais dos xavantes e também o calor, perto de 37°C.
Logo na chegada do Cardeal Artime, começando pelas crianças, depois os jovens e os adultos formaram-se filas intermináveis para pedir a bênção ao Reitor-Mor salesiano. Alguns beijavam sua cruz cardinalícia em sinal de respeito e devoção. Situação semelhante ao que ocorreu na véspera, na aldeia São Marcos.
Com os sacerdotes já paramentados para a liturgia, os indígenas pediram para fazer uma procissão de entrada para demonstrar solenidade e respeito à celebração religiosa e ao presidente da celebração, o Reitor-Mor Cardeal.
Todos os cantos da Santa Missa foram composições sonhadas na comunidade e ensaiadas com o povo na língua xavante.
Mesmo debaixo de um sol forte, adultos, jovens e crianças permaneceram firmes diante do altar preparado no centro da aldeia.
Junto com o Cardeal Ángel Artime, concelebraram a Santa Missa o Inspetor da MSMT, P. Ricardo Carlos; o Vice-Inspetor, P. Ademir Lima; o Diretor da Casa missionária de São Marcos, P. Douglas Chrystiano Souza; o Pároco da Comunidade missionária, P. Alfred Heidler; o Diretor da Presença salesiana de Barra do Garças, P. Waldomiro Bronakowski; e do missionário salesiano, P. Miguel Paes da Silva. Desde a chegada do Reitor-Mor salesiano a Merúri, a Inspetora das Filhas de Maria Auxiliadora, Irmã Teresinha Ambrosim, também esteve presente nos encontros com o Cardeal, P. Ángel Artime.
Ao final da Santa Missa, Dom Ángel recebeu o título de Cidadão do Município de Barra do Garças; e mais um cocar do Cacique xavante, como sinal de reconhecimento pelos trabalhos realizados pelos Salesianos junto aos Povos originários xavantes.
Pouco depois das 15horas de terça-feira (12), o Cardeal Fernández Artime chegou à Presença Missionária Salesiana de Sangradouro (MT). Logo à chegada, as crianças que estudam na escola estadual indígena, ao lado da Comunidade salesiana, receberam o Reitor-Mor com o já ritual pedido de bênção e abraços.
No início da noite, o Cardeal Fernández deslocou-se até à aldeia xavante que fica a cerca de 500 metros da Casa dos missionários salesianos, acompanhado pelo Diretor da comunidade, P. Amércio Rezende de Oliveira, para participar do Warã, no Centro da Aldeia de Sangradouro. “Warã” é o nome dado à reunião dos Anciãos xavantes, feita no Centro da aldeia: agradeceram a presença do Cardeal entre eles, pedindo outrossim que envie mais salesianos para trabalharem nas Missões.
Mesmo antes de concluir sua visita às Missões Salesianas entre Povos originários em Mato Grosso, o Cardeal Fernández Artime expressou sua opinião acerca desta experiência de viagem – a penúltima que fará como Reitor-Mor Salesiano, antes de ser ordenado Bispo e assumir a nova missão em favor da Santa Igreja de Cristo – :
“Conhecia muito das nossas ‘Missões do Mato Grosso’ pelas informações que recebemos na Europa. Entretanto, quando se está perante a realidade destas missões, o primeiro sentimento que vem à tona é de profunda emoção e ação de graças a Deus por estas décadas ou por este centenário. Para mim, (esta realidade) é um motivo de profundo agradecimento por tudo o que, com a graça de Deus, todos os nossos Irmãos e Irmãs que nos precederam, fizeram por estas Gentes. Porque eu devo realmente aceitar o que eles dizem: se não fosse pela presença do carisma de Dom Bosco, certamente a realidade destes Povos hoje seria outra: - ou eles não estariam mais aqui; - ou estariam muito mais reduzidos; - ou não estariam mais em alguma destas terras; ou não teriam crescido em número tanto quanto o fizeram. Acho que, com todas as nossas limitações, temos igualmente sabido respeitar a sua cultura. Fico profundamente comovido pela gratidão que nos demonstram” – avaliou o Reitor-Mor.
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