Durante a Eucaristia em que os Irmãos Salesianos das Casas de Manaus o acolheram, o P. Maravilla encorajou os Coirmãos “a viver o espírito missionário de Dom Bosco, espírito expresso na paixão pela evangelização, no coração oratoriano, na alegria por partilhar Jesus Cristo quer com os que O não conhecem quer com os que, já O tendo conhecido, agora O abandonaram”.
Referindo-se ao próximo Sesquicentenário (1875-2025) da primeira Expedição Missionária Salesiana, ressaltou também que “o desafio maior para a nossa Congregação é o de repensar as nossas atividades missionárias, hoje, à luz da atual eclesiologia e missiologia, a fim de não se ficar apenas a repetir paradigmas missionários do passado. Hoje as missões não são somente geográficas: são sobretudo contextuais (…); hoje, as missões estão onde é necessário proclamar o Evangelho a quem não conhece Jesus Cristo. Urge, pois hoje, um ‘renovado’ paradigma missionário salesiano”.
Não podendo ir à presença missionária de Manicoré, como estava programado, por causa de cancelamento de voos, o P. Maravilla aproveitou da ocasião para visitar algumas Comunidades e Obras salesianas em Manaus: assim pôde ver o trabalho inicial de remanejamento dos subsídios no «Centro ‘Iauaretê’ de Documentação Etnográfica e Missionária» (CEDEM), na Casa Inspetorial: “São um verdadeiro patrimônio para a Congregação” – afirmou o Conselheiro Geral, referindo-se aos subsídios ali conservados.
No último dia de visita, o Inspetor cessante, P. Jefferson Santos, e o Sucessor designado, P. Philippe Bauzière, o convidaram a falar ao Conselho Inspetorial reunido em Sessão. Após dialogar com todos sobre assuntos e desafios missionários, recordou-lhes que “os destinatários mais importantes da animação missionária são os próprios Coirmãos e cada Comunidade Salesiana, como núcleo animador da Comunidade Educativo-Pastoral (CEP)”.
O P. Maravilla advertiu igualmente que “quando o espírito missionário na Inspetoria enfraquece, os irmãos perdem a alegria missionária - o que leva facilmente a uma ‘psicologia tumular’ e à tibieza pastoral: e estas provocam falta de esperança e pessimismo estéril. Quando o espírito missionário enfraquece, os irmãos se acomodam facilmente em sua zona de comfort, acham difícil deslocar-se para onde o Superior os mandar: a audácia, o zelo, a alegria de evangelizar – tudo acaba sufocado. Por isso – concluiu – a animação missionária deve saber manter... aceso o coração de cada Coirmão. Eis por que é crucial dar o lugar adequado à figura e ao papel do DIAM – Delegado Inspetorial para a Animação Missionária”.