Na abertura, os participantes foram convidados a opinar sobre a ‘JMJ Lisboa 2023’ e sobre os jovens do Movimento Juvenil Salesiano (MJS) no Evento.

“Estamos vivendo um momento lindo, extraordinário… Tudo muito bem preparado e fruto de um grande esforço – disse o P. Á. F. Artime – . Quanto à nossa juventude, que tanto admirei no ‘SYM Day’ (Dia do MJS), aqui, em Lisboa e no Estoril, vejo-a como muito salesiana, cristã, empenhada; capaz de passar - rapidamente - da dança, do canto, da festa ao silêncio impressionantemente absoluto de um culto. Meu sonho é que possamos fazer tudo isso amadurecer não só aqui onde eles estão agora, mas para onde voltarão e estarão nos próximos anos”.

Também a Ir. Chiara declarou impressionada com o nível de espiritualidade salesiana dos jovens que conheceu no SYM Day: “O clima que vivemos não se improvisa: é resultado de uma preparação durante muito tempo e legitima também a nós que trabalhamos com os jovens; porque é fruto do que foi criado antes de eles aqui chegarem. Rezo muito tanto para que eles, os jovens possam levar estes frutos às suas realidades locais quanto para que nós possamos continuar a acompanhá-los”.

“Os nossos jovens, do MJS, não são jovens sem problemas – testemunhou o P. García Morcuende – . Mas quando estão motivados, são capazes de superar qualquer obstáculo. É importante destacar que são jovens que fazem parte da Igreja. E, quando tenho a oportunidade de conversar com outros religiosos ou sacerdotes de outras realidades, eles reconhecem imediatamente que os jovens ‘salesianos’ são uma força viva, ativa, motivada. É importante enfatizar isto, porque na realidade quotidiana estes jovens correm o risco de cair no... anonimato”.

O primeiro ciclo de respostas terminou com a fala da Ir. Galve Borja: “Uma grande alegria para mim, nesta JMJ, foi encontrar jovens que já conhecia anteriormente: alguns deles até se tornaram sacedrdotes ou religiosas; outros amadureceram… É uma prova de que o MJS é uma realidade que nos prepara para assumir responsabilidades, para viver em plenitude. Outra coisa que amo é que o nosso MJS está se abrindo para ser um movimento cada vez mais acessível e acolhedor, onde todos podem sentir-se em casa”.

Em seguida, ao ser questionado sobre a realidade social mundial e os grandes problemas que marcaram os últimos anos – pandemia, guerras, migrações, terrorismo, exploração dos países pobres e destruição da Criação - o Reitor-Mor disse ver nos jovens a energia capaz de infundir uma nova esperança e uma visão confiante do futuro. “Quando estamos perto dos jovens, ali ocorre o milagre salesiano da simpatia, do acolhimento, da condução dos jovens pelo rumo de gestos heroicos”, observou, recordando o modelo de sacrifício de Akash Bashir, ex-aluno salesiano, que, diante de uma igreja, no Paquistão, doou a própria vida para evitar que um homem-bomba cometesse uma carnificina...

“Quem sabe se, em vez de se deixarem absorver por este mundo e pelas conjunturas atuais, não serão os próprios jovens a enfrentar tais e tão inadmissíveis situações. Eu acredito intensamente nesta capacidade dos nossos jovens: na sua capacidade de vencer” – concluiu o Reitor-Mor.

Sobre a relação entre jovens e espiritualidade, a Madre Chiara reiterou a importância do acompanhamento, explicando que os jovens se interessam pela Fé e pela descoberta do sentido profundo da vida, mas, por parte dos educadores, há a necessidade de saber adaptar linguagens, processos, maneiras de agir e pensar.

E, para completar o discurso, a capacidade de sonhar - de ser criativo e proativo - , foi colocada no centro do discurso pelo P. García Morcuende, quando questionado sobre o já iminente Bicentenário do «Sonho dos nove anos» de Dom Bosco. O Conselheiro para PJ dos SDB especificou, de fato, que somente ‘sonhando junto com os jovens’ é possível acompanhar um adolescente em seu crescimento.

Depois que a Ir. Galve Borja ofereceu uma recomendação sobre o ‘silêncio como prática útil para poder escutar’, mesmo em meio a mil distrações, "o amor infinito e pessoal que Deus dedica a cada um de nós", a Madre Chiara e o P. Fernández confirmaram, ao público presente, a capacidade de a Família Salesiana chegar aos jovens, passando para além das diferenças geracionais e das distâncias tecnológicas, valendo-se, antes de tudo, dos recursos do carisma e do ardor missionário, próprios dos herdeiros de Dom Bosco.

Por último, o Reitor-Mor reafirmou claramente aos jornalistas: “Nossos jovens, com seu estilo próprio e seu jeito salesiano de ser, de verdadeiros discípulos missionários do Senhor, dão sabor a toda a grande realidade composta por este milhão de Jovens".

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