Este ano, a Don Bosco Tech Africa fez parte de diversas mesas-redondas de especialistas em fóruns e conferências: com a Cooperação Italiana para o Desenvolvimento, o Centro Internacional da UNESCO para a Educação e Formação Técnica e Profissional (UNESCO-UNEVOC), a Organização das Nações Unidas para o Desenvolvimento Industrial (UNIDO) e a Organização Internacional do Trabalho.
Esta última ocasião tratou do tema do papel da formação profissional no combate ao trabalho forçado, um tema esse que permitiu que P. George TJ destacasse a contribuição dos Salesianos em virtude de sua rede de Centros de Formação Profissional em todo o mundo e no continente africano.
O religioso mencionou a contribuição específica da oferta de FP salesiana para a prevenção do trabalho forçado, focando na preparação dos jovens não apenas para que possam ter um trabalho decente mas também para que possam alcançar “qualidade de vida”. Isto se torna possível por meio de diversas ferramentas, devidamente ilustradas por ele:
– Formação holística do jovem, centrada não apenas nas competências profissionais mas também nas habilitações para a vida, nas competências transversais (‘soft skills’) e nas competências em empreendedorismo – uma formação, em suma, do jovem para a vida e não apenas para um emprego.
– O papel específico dos Escritórios de Serviços para o Emprego, uma estrutura assistida pelos próprios salesianos que acompanha os alunos dos CFP desde a sua entrada no centro de formação, ajudando-os a preparar e a seguir o Plano de Vida Profissional e Pessoal; que mantém uma interação constante com as empresas locais; que acompanha os jovens durante a fase de estágio e na colocação profissional; e, por fim, que continuem a monitorar a interação com o ex-aluno mesmo depois de ele ter-se tornado um trabalhador - empregado ou autônomo.
– A implementação do “Reconhecimento da Aprendizagem Prévia” (RPL), que permite ao aluno preservar as habilitações profissionais previamente adquiridas.
– O compromisso direto e específico de chegar a grupos marginalizados, como ex-soldados mirins, menores em situação de rua, famílias desfavorecidas, prisioneiros, refugiados…
A experiência salesiana nesse setor foi, assim, compartilhada entre especialistas da OIT e da União Africana, além de pessoas de vários órgãos governamentais, empresários e trabalhadores.