RMG – Há 150 anos nascia o P. Orione, luz da caridade no mundo

(ANS – Roma) – Em 23 de junho de 1872 nascia em Pontecurone, província de Alexandria, São Luís Orione, que por três anos, de outubro de 1886 a agosto de 1889, foi aluno do oratório de Valdocco, em Turim. Dom Bosco, que logo lhe notou as qualidades humanas, o elencou entre os seus prediletos, assegurando-lhe: “Nós seremos sempre amigos!”. No período turinês conheceu também as obras de caridade de São José Benedito Cottolengo, perto do oratório salesiano, até que um dia iniciou a sua “Pequena Obra da Divina Providência”. Por ocasião do150º Aniversário de Nascimento do “Dom Orione”, como é universalmente conhecido, relançamos uma entrevista concedida pelo P. Tarcísio Vieira, recém-confirmado, pelo Capítulo Geral dos Orionitas, como Geral da Congregação.

P. Tarcísio, o que permanece hoje da herança de Don Orione?

Don Orione nasceu em 23 de junho de 1872 e foi uma como luz que se acendeu para a Igreja e o mundo. Sua vida foi levar ao mundo a notícia, sobretudo a necessidade de uma atenção à caridade como mediação para chegar à Igreja e viver o Evangelho. A principal mensagem do P. Orione é exatamente esta: pela caridade amamos o Papa, amamos a Igreja, porque esta é a mensagem e a linda notícia do Evangelho.

Associamos com frequência o P. Orione aos oratórios e ao cuidado dos jovens. Qual é o seu modelo educativo e quão atual pode ser ele hoje?

Don Orione iniciou a sua congregação com uma atenção aos jovens, aos meninos, às crianças, sobretudo nos oratórios. Permanece a sua mensagem de atenção aos jovens. Há alguns anos, um nosso Superior Geral dizia: “Os jovens. Estão longe eles ou distantes nós?”. E então o P. Orione é mesmo o mensageiro para dizer que nós devemos estar perto dos jovens. Se conseguirmos com os nossos propósitos e projetos chegar até eles e estar perto deles, poderemos fazer-lhes tanto bem: porque o de que eles precisam hoje é sobretudo de presença, de vizinhança.

Qual é a herança do P. Orione através do mundo?

A congregação está hoje em perto de 30 países do mundo. A primeira vez que saiu da Itália foi ao Brasil, fundando obras tanto ali quanto na Argentina, onde também viveu três anos do seu ministério. A congregação se difundiu pelo mundo exatamente com esta mensagem: evangelizar mediante as obras de caridade e não só através das Obras – institucionalizadas – É preciso fazer, passar a mensagem. É exatamente através da caridade que nós podemos conquistar a gente e mostrar a maternidade da Igreja.

E quais são os desafios para a Família Orionita no futuro próximo?

Nós escolhemos como tema do Capítulo Geral uma frase de P. Orione: “Empenhar-se é jogar-se no fogo dos tempos novos”. O P. Orione via a humanidade afligida por tantos males, necessitada de restaurar-se na Fé e necessitada de Jesus Cristo. E dizia: “Nós devemos ir ao povo. Devemos sair e ir em busca do povo. É uma necessidade urgente essa de dever lançar-se no fogo dos tempos novos por amor de Jesus Cristo, do Povo, da Igreja”.

“Jogar-se no fogo dos tempos novos”: como realizar isso concretamente?

A nossa reflexão e os nossos propósitos se põem sobretudo no sentido de uma espiritualidade intensa. Como religiosos, há que refletir "ad intra", isto é, fortalecer a nossa espiritualidade, a nossa consagração religiosa e a nossa identidade orionita. Mas tudo isso para sair, ir para fora, ir pelo rumo da gente, pelo rumo do povo, para transmitir o amor do Senhor por meio das obras de caridade. É este o nosso fim. Este o nosso carisma.

 

InfoANS

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