Itália – "Missioni Don Bosco": uma casa "com as luzes acesas e as cortinas abertas" para manter viva a solidariedade

Foto: La Stampa

(ANS - Turim) - “Missioni Don Bosco” (Missões Dom Bosco ou Procuradoria Missionária Salesiana de Turim) comemora, em 2021, 30 anos de existência. Sobre as atividades da Procuradoria e o compromisso salesiano, nos fala o Sr. Giampietro Pettenon SDB, seu Presidente.

Qual é o mundo de ‘Missioni Don Bosco’?

Dos 134 países onde os salesianos estão presentes, cerca de uma centena estão em desenvolvimento. São, portanto, regiões nas quais as obras salesianas, principalmente no início, não são autossuficientes. Por isso, ‘Missioni Don Bosco’ se esforça na Itália por ajudá-las, principalmente na África, na Índia, na América Latina e na Ásia.

No centro de tudo está a educação. Como é hoje?

Em nossas atividades típicas há alfabetização, formação profissional, casas-família para órfãos, que são um fenômeno típico das grandes aglomerações urbanas. Metrópoles como Rio de Janeiro, Calcutá, Manila, Nairóbi… atraem os jovens; mas se a família se separa, os filhos mais crescidos têm que se virar. Os salesianos saem em socorro dessa gentinha necessitada.

Vocês não estão presentes nos contextos rurais?

Nas aldeias, a família alargada apoia os órfãos. Como acontecia em Turim no século XIX, nós atuamos nas periferias: nosso hábitat natural são as grandes aglomerações urbanas, onde se concentra a imigração interna que precisa de referências.

O compromisso é global...

Inclui todos os aspectos que contribuem para o respeito pela pessoa humana: a começar pela água. Antes de construir uma escola, nos preocupamos com o poço. Depois, com a saúde das crianças e das mulheres. Na África, ajudar as mulheres significa ajudar toda a família. Lá abrimos uma obra todos os meses: temos muitas vocações e fácil estar presente. As obras costumam se multiplicar por proximidade. Estamos em um lugar e a paróquia vizinha nos pede para fazer algo por seus filhos também. Na Mongólia, há alguns anos, abrimos uma escola profissionalizante, e agora abrimos uma comunidade para órfãos. Na Índia, apoiamos pequenas escolas onde fazemos estudar as meninas em escolas particulares altamente conceituadas.

E na América Latina?

Estamos considerando maneiras de ajudar uma obra no Brasil, na Amazônia, perto da fronteira com o Peru. Na Bolívia, criamos uma rede nacional de 1.500 escolas que adotam o sistema pedagógico de Dom Bosco, sendo algumas estatais e outras particulares. Onde falta comida, começamos pelo desjejum, porque com o estômago vazio ninguém aprende nada. E também temos sempre o pátio, o esporte, a música, o teatro...

Vocês também estão no Oriente Médio?

Na Síria permanecemos próximos à população. Em Damasco compramos um terreno para ampliar, quanto antes, uma grande escola profissional. No Líbano, cuidamos dos refugiados iraquianos cristãos.

Qual o tamanho da rede de colaboradores da instituição?

Em 30 anos ultrapassamos um milhão de Benfeitores. Na Itália somos muito conhecidos. A nossa é uma casa de luzes sempre acesas e cortinas abertas, para que tudo possa ser visto de fora: assim se mantém viva a solidariedade.

Maria Teresa Martinengo

Fonte: La Stampa

InfoANS

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