O que o senhor traz da experiência do CG28?
Gratidão pela experiência. Devo dizer que fiquei surpreso com a forma de comunicação, rápida e pouco convencional, que deixou logo claro o que era importante, o que precisava ser resolvido e quem o devia fazer. Além disso, a presença dos jovens evidenciou suas prioridades, que também são as nossas. Eles nos motivaram a trabalhar mais, para sustentar seus sonhos de um mundo mais justo e honesto, e com menos desperdício. Um mundo, enfim, sem discriminações.
Nos últimos seis anos, quais foram os eixos fundamentais do seu trabalho?
Temos trabalhado para encontrar um bom equilíbrio entre a missão salesiana, que vai evoluindo, e os meios financeiros deste mercado de fundraising, completamente mudado. Foi um desafio para as comunidades locais e inspetoriais, e em meio a um aumento de pedidos chegados à Sede Central.
Houve também o desafio de encerrar alguns processos contenciosos que acompanhavam a Congregação havia alguns anos: pode-se dizer que se chegou a uma situação de luz no túnel. Sem falar de outro sinal positivo para a economia: a redução das dívidas.
Enfim, o fato de que muitas Inspetorias conseguiram abrir novas e caras estruturas em benefício dos jovens em dificuldade é, para mim, a prova de que a Divina Providência nos está sempre ao lado.
O que o senhor sonha daqui a seis anos para o seu Setor?
Precisamos nos perguntar como poder trabalhar adequadamente para o futuro, equilibrando, a longo prazo, as despesas da missão salesiana e as receitas, que, em sua maior parte, provêm de doações.
Em nossa Congregação, a responsabilidade é "descentralizada e subsidiária". Isto demanda confiança mútua de base e uma grande disposição para o diálogo; e que também permite a realização de investigações e verificações.
A força e a fraqueza são o indivíduo salesiano (e leigo), e sua compreensão, muitas vezes escassa, da economia. Os Escritórios de Planejamento e Desenvolvimento, os órgãos de supervisão inspetoriais e os conceitos de consultoria estabelecidos ao longo dos últimos seis anos foram importantes e estou certo de que podemos alcançar ainda mais profissionalismo em nossas administrações (em nível local, inspetorial e global).
Perante os problemas globais, se cabe aos superiores encontrar as vocações certas no espírito missionário, cabe à economia criar as condições para que estas ideias possam se concretizar. Mercado e valores, dinheiro e missão, luta contra a pobreza: tudo isso corre vinculado e faz parte do carisma salesiano. O que um indivíduo sozinho não pode fazer, muitos de nós, unidos, o podem realizar.
Uma ferramenta importante para verificar se o Economato Geral está em sintonia com as Inspetorias e se toda a Congregação está refletindo sobre os grandes temas, será o congresso "SDB.change.congress2022", que será realizado na Universidade Pontifícia Salesiana (UPS).