Nas três semanas após a morte de George Floyd em Minneapolis, a raiva se transformou principalmente em determinação, os saques foram substituídos por protestos pacíficos, mas fortes (...) No entanto, nem o ressurgimento do movimento "Black Lives Matter" nem as manifestações ocorridas foram suficientes para impedir a morte de Sean Monterrosa, em Vallejo, Califórnia e, mais recentemente, de Rayshard Brooks, em Atlanta, Geórgia.
Como podemos nos formar, como salesianos e colaboradores, para opor-nos ao racismo em todas as suas formas? Antes de tudo é preciso admitir que somos todos cúmplices do racismo, que somos todos parte do problema. Permitimos que estruturas sociais de injustiça e violência cresçam em nossas igrejas, sistemas escolares e instituições públicas(...)
Como salesianos dedicados à educação dos jovens, devemos nos familiarizar com os documentos da Igreja como o Evangelii Gaudium do Papa Francisco, que diz NÃO a uma economia de exclusão, NÃO a um sistema financeiro que governa em vez de servir, NÃO ao pessimismo estéril, NÃO à desigualdade de renda e SIM à unidade no conflito, realidade sobre ideias e respeito pela verdade, misericórdia e justiça para todos.
“Open Wide Our Hearts: the enduring call to love” ("Abramos bem nossos corações: o apelo duradouro ao amor") é uma carta pastoral contra o racismo, publicada pela Conferência Episcopal dos Estados Unidos em novembro de 2018. “Open Wide Our Hearts” (OWOH) chega depois de outras cartas semelhantes, publicadas em 1958, 1968 e 1979 (...) Traz um olhar corajoso e angustiante sobre a discriminação contra os nativos americanos, afro-americanos, hispânicos, imigrantes e refugiados. Quando enfrentaremos, como nação, o racismo enraizado em nossos corações e instituições?
Para o mês de julho, proponho que dediquemos 8 minutos e 46 segundos por dia à educação e à formação seguindo a doutrina social da Igreja, com as maravilhosas palavras do Papa Francisco ou com uma das cartas dos Bispos, especialmente a mais recente, OWOH . Em um guia para o estudo desta carta pastoral sobre racismo, somos convidados a "orar, ouvir, estudar, refletir e responder".
Precisamos gastar 8 minutos e 46 segundos para nos educarmos sobre a história da escravidão, nosso tratamento e relação aos nativos americanos ou nossas vergonhosas políticas de imigração contra os japoneses, os chineses deste último século ou a terrível e desumana política nacional sobre a imigração que praticamos hoje.
Estejam informados sobre a justiça social católica e deixem que ela governe suas atitudes e sua prática em relação a todos os nossos irmãos e irmãs.
P. John Itzaina SDB
Delegado Inspetorial para a Formação