Os salesianos, com cinco missionários, são a única instituição que vive com eles dentro do acampamento. Se o coronavírus chegasse ao local seria uma catástrofe, uma vez que não há recursos médicos para curar a doença. Por esse motivo, desde o início foram tomadas medidas como o confinamento e a proibição de reuniões, além de reorganizar a distribuição de alimentos.
Economistas e analistas globais preveem que milhões de pessoas poderão perder seus empregos e outras formas de segurança por causa desta crise, mas os refugiados já estão sofrendo as consequências da pandemia. Em abril, eles receberam apenas 70% de suas já magras porções mensais de alimentos por pessoa: 9 kg de farinha de milho, 6 kg de feijão, cerca de meio litro de óleo e alguns gramas de sal.
Diante desta situação, na qual a maioria das crianças do assentamento está subnutrida e muitas das mães sofrem de estresse, os salesianos decidiram intervir. A solução encontrada foi cultivar alimentos como cereais, vegetais, sementes de girassol. "Este é um momento no qual precisamos ser muito criativos e inovadores com os refugiados na agricultura. Preparamos hortas e pomares, alugamos terras dos ugandenses e estamos começando a criar aves, porcos e cabras" – explicam os missionários.
Com as chuvas, o de que os refugiados mais precisam agora é de sementes e de simples ferramentas manuais.
Como os refugiados dispõem de apenas 30 metros quadrados por casa, com um pequeno jardim anexo, os salesianos os dividiram em grupos e alugaram, para eles, terras dos vizinhos ugandenses. Quando foi preciso, eles também araram a terra.
Com a Escola técnica fechada, um grupo de refugiados aprendeu a costurar máscaras, serviço que permite arrecadar pequenas entradas para ajudar as famílias, além de contribuir para a segurança da comunidade. Nas duas primeiras semanas de atividades, eles já haviam confeccionado 1.500 máscaras de tecido para os refugiados.
Os Salesianos de Palabek são gratos pela ajuda recebida dos ambientes salesianos de todo o mundo. Mas agora precisam de apoio para comprar sementes e ferramentas para continuar ajudando os refugiados.
Fonte: Misiones Salesianas