O evento se deu contemporaneamente com a reunião do Conselho da União Europeia sobre Migrações, com o objetivo de influir nas opções das decisões sobre o tema.
A Hon. Marie Louise Coleiro Preca, Presidente da República de Malta e principal apoiadora da Conferência, compartilhou um belo momento com os representantes do DBI, agradecendo aos Salesianos pelo trabalho que fazem em Malta e em outros países, sobretudo pela educação e atenção adequadas aos migrantes. E como comprovação disso foi projetado o documentário “Kakuma, a cidade invisível”, sobre o trabalho dos Salesianos no imenso Campo de refugiados de Kakuma, no Quênia.
Na sexta-feira, 27, o Comissário Europeu para as Migrações, Dr. Dimitris Avramopoulos, e o Diretor do Escritório Europeu para o Apoio ao Asilo (EASO), Dr. José Carreira, responderam às perguntas dos participantes sobre o que não está funcionando nas atuais políticas de acolhida, e o Dr. Avramopoulos também prometeu levar ao Conselho Europeu as instâncias recebidas da Sociedade civil.
Durante as mesas-redondas foram ouvidas intervenções muito importantes. A embaixadora Laura Thompson, Vice-Diretora Geral da Organização Internacional para as Migrações (IOM) disse que em 2016, na Itália, há números acertados para a realocação de apenas 3000 menores migrantes sobre os 25 mil. “O que fazemos com os outros? As crianças perderam a confiança no sistema” – afirrmou.
Por sua vez, Vincent Chocehtel, do Escritório Europeu do Alto Comissariado ONU para os Refugiados, esclareceu que “uma abordagem não individualizada a cada menor contradiz diretamente o princípio do superior interesse da criança. As linhas-guia da EASO não são adotadas. Não se está nem mesmo tentando contatar as suas famílias”.
Graças à participação do DBI na Conferência – que previu também testemunhos de menores migrantes e diversos laboratórios – abriram-se muitas possibilidades de cooperação para as realidades salesianas que trabalham com os migrantes.