O encontro com os jovens venezuelanos decorreu numa atmosfera animada de celebração oratoriana, após uma vigília de oração e fraternidade no Centro Juvenil Dom Bosco, localizado na região "Boleíta".
Em conversa com os jovens sobre a questão da migração de jovens no mundo, o Reitor-Mor destacou o sofrimento de um coração salesiano diante de tantos jovens que precisam deixar seus países sozinhos, sem identidade, sem história. "A mobilidade humana nessas condições é um atentado à vida; não é humana" – disse.
Em relação aos países que vivem na dor, o Reitor-Mor os convidou a assistir o testemunho dos salesianos e Jovens sírios que, numa cidade destruída por seis anos de atentados, decidiram construir uma cultura de vida abrindo diariamente o oratório salesiano. "Dom Bosco era um santo em sua realidade: hoje nos oferece uma escola de santidade, que significa: ter Deus no coração" - sublinhou.
Mais tarde, em discurso para cerca de 500 educadores, o Reitor-Mor acrescentou: “Mesmo morando em Roma, sei o que está acontecendo na Venezuela e agora estou entre vocês para encorajá-los. O que peço é que abram as portas de todas as casas salesianas e continuem criando a cultura da vida...; comprometam-se com a educação dos jovens para enfrentar os sistemas de morte que querem se impor e causam a assustadora migração de tantos bons profissionais".
"Um tecido social humano que está se enfraquecendo ou se perdendo, disse ainda, precisa quer de pessoas com uma grande experiência de Deus, quer de testemunhas dos valores cristãos. A nossa educação salesiana oferece valores: baseia-se no Evangelho e no Sistema Preventivo, levando em conta as dificuldades econômicas, sociais e políticas. Como educadores, estamos intervindo no ponto mais delicado e precioso de nossa Venezuela: a educação".
"Diante da situação que a nação está enfrentando, apostar na educação é a melhor resposta que se possa oferecer aos nossos jovens" – concluiu.