Os protestos foram retomados nas principais cidades do país, a Arquidiocese de La Paz defendeu as pessoas afetadas pela violência e compartilhou, em sua página do Facebook, algumas fotos, afirmando: "Diante da situação de tensão no centro da cidade, lançamos um apelo para que se preste atenção às Instituições de ensino escolar, especialmente no que diz respeito ao uso de agentes químicos. Esta tarde houve um episódio na Unidade Educacional Dom Bosco "El Prado"; não queremos violência, lamentamos mostrar essas imagens que afetam nossos filhos no lugar onde eles normalmente estudam. Oremos pela paz na Bolívia”. Ao mesmo tempo, a Arquidiocese se defende das acusações do governo (que alega que a instituição apoia os protestos).
A mensagem da Arquidiocese de La Paz refere-se ao Instituto Salesiano Dom Bosco “El Prado", que sofreu ataques diretos durante os protestos e que ontem, quarta-feira, 6 de novembro, precisou fechar suas portas após ser atingido por cinco granadas de gás lacrimogêneo lançadas pela Polícia no interior da escola, colocando em risco a integridade dos cerca de 1.000 alunos, professores e funcionários administrativos.
Os alunos, que naquele momento realizavam suas atividades cotidianas, viveram momentos de aflição e confusão causados pelo gás lacrimogêneo. Horas depois, a Cruz Vermelha e o Corpo de Bombeiros chegaram ao local por causa de um possível incêndio no interior da instituição educacional.
"É inacreditável... Poderia ter acontecido de tudo com o caos que foi ocasionado, além dos danos causados pelo gás. A quem a Polícia está dando segurança? – perguntou o Diretor do Instituto, P. José Iriarte.
A situação na Bolívia não é muito diferente da onda de protestos que afeta vários países da América Latina, onde a presença salesiana é muito significativa. Os salesianos, além de estarem sempre ao lado das pessoas que sofrem, buscam promover caminhos de diálogo e mobilização pacífica.
