O P. Raúl Acuña descreve assim a inauguração das duas edificações para jovens Achuar, ocorrida sábado, 12 de outubro: "Erguemos a construção, com a ajuda de uma ONG alemã; dois internatos para os jovens que vêm a Kuyuntsa para estudar. Ativamos um poço para a extração de água potável e desfrutamos de energia solar. É um lugar para estudar e se formar”.
A educação é o compromisso característico dos salesianos de Dom Bosco e de outros institutos e congregações da Família Salesiana, como, por exemplo, "As Discípulas" (Instituto fundado na Índia pelo P. Joseph D’Souza SDB). "Serão elas a cuidar desta grande obra no meio da floresta amazônica e para elas construímos a casa comunitária".
Para a inauguração, os convidados precisaram navegar muitas horas pelos rios que levam a Kuyuntsa, entre eles o P. Manolo Cayo, Inspetor; o P. Raúl Acuña, Diretor do Escritório de Projetos; Roswitha Maus, gerente de projetos da ONG salesiana alemã "Don Bosco Mondo", com sede em Bonn; o P. Diego Clavijo, salesiano missionário da região; a Equipe inspetorial de Comunicação Social; Autoridades do Departamento de Educação; e muitos outros participantes. "Estas obras não seriam possíveis – afirmou o P. Acuña – sem o apoio de ‘Don Bosco Mondo’; do Ministério Federal para a Cooperação Econômica e Desenvolvimento, da Alemanha; e da Procuradoria Missionária Salesiana, do Peru".
Chegar a Kuyuntsa não é fácil: requer uma viagem longa e complexa, que demanda alguns sacrifícios. “Mas enfrentamos o percurso pelo desejo de melhorar a situação de vida das comunidades indígenas Achuar por meio da educação e do desenvolvimento de suas capacidades – acrescentou o P. Acuña – . Por isso, iniciamos alguns cultivos nessas terras virgens, visando melhorar a dieta dos habitantes e ensinar-lhes que existem outros alimentos além de mandioca e da banana”. Em pouco tempo, os jovens aprenderam a cultivar arroz, milho e feijão; e iniciaram o plantio de novas árvores.
Da educação também vem o conhecimento dos próprios direitos e, por essa razão, os salesianos estabeleceram um projeto de formação: "Direitos humanos e identidade dos povos".
Depois de mais de 50 anos entre os povos indígenas, ainda ressoa – atual e presente em Kuyuntsa – a voz do P. Bolla: "É muito importante educar um povo... pensando no futuro das suas comunidades".