"A chuva pesada dos últimos dias me levou a verificar o nível da água na frente da nossa escola. Eu já havia alertado algumas famílias de nossa equipe e pessoas hospedadas no andar térreo da nossa pensão para que ficassem alertas, pois havia a possibilidade de que um pouco já podia entrar" – disse Panetto.
"Entretanto, na frente da escola o nível das águas começou a subir rapidamente e, poucos minutos depois, a barragem, que tínhamos construído recentemente para evitar inundações, já transbordava", continuou ele.
Panetto conta que a grande quantidade de água destruiu o portão e não poupou nenhum dos edifícios no térreo, destruindo as casas dos professores e desabrigando muitas pessoas. Além disso, vários equipamentos usados nas aulas da Escola Técnica ficaram danificados. Todavia, damos graças a Deus porque ninguém se feriu durante a calamidade. "Ainda é cedo para estimar a extensão dos danos sofridos – acrescentou Panetto – , mas suponho que seja de aproximadamente um milhão de dólares americanos.
No entanto, é com gratidão que vemos tantos coirmãos salesianos, ex-alunos e amigos prontos a nos ajudar neste momento assaz difícil. Só nos cabe rezar intensamente por todos: o bom Deus inspirará os generosos benfeitores a nos ajudar e a repor os bens danificados e resolver tudo da melhor maneira possível".
Panetto aproveitou, por fim, da triste oportunidade para fazer uma reflexão sobre as condições ambientais no Camboja, afirmando que o desmatamento é uma das principais causas de semelhantes inundações. Foram muitas as árvores abatidas para dar espaço ou uso em hotéis, arranha-céus, centros comerciais. Numerosos leitos de rios foram estreitados e reduzidos visando o aproveitamento de suas margens. Sem contar que o lixo descartado por toda a parte obstruiu o sistema de drenagem.
"A natureza cobra a conta pelos danos que se lhe causam" – conclui Panetto.
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