A coordenadora da “Célula das mulheres”, Bedika Rai, declarou na abertura: “o objetivo deste seminário é difundir a conhecimento entre os jovens das escolas do distrito de Darjeeling sobre o fenômeno do tráfico de seres humanos, para impedir que se tornem suas vítimas. Em longo prazo, o objetivo é difundir a consciência nas diversas instituições e na sociedade”.
A relatora do seminário foi Rangu Souriya, da ONG “Kanchanjunga Uddhar Kendra” (KUK), empenhada em socorrer as vítimas do tráfico. A Dra. Souriya, vencedora do Prêmio “Godfrey Phillips National Bravery”, em 2011, e do prêmio “100 mulheres de sucesso da Índia”, em 2016, recebidos do Presidente da República Indiana, dedica-se a salvar do abuso sexual as jovens do nordeste da Índia e do Nepal, e com a sua ONG já tirou do abuso mais de 500 meninas e jovens.
Durante o seminário, parte de um projeto mais amplo de sensibilização entre as mulheres e os menores das comunidades tribais dos distritos de Darjeeling e Jalpaiguri, a Dra. Souriya explicou que o tráfico de mulheres e crianças é um crime global que todos os anos toca a vida de milhões de pessoas.
“O tráfico comporta a aquisição e a venda de pessoas para serem abusadas”, disse a relatora, apresentando as diversas e terríveis formas desse crime, que compreendem, “trabalho forçado, casamentos impostos, adoções ilegais, obrigação de cometer atos criminosos, prostituição forçada ou outras formas de abuso sexual e até tráfico de órgãos”.
Contudo, “o abuso sexual é a forma dominante”, disse.
A responsável da KUK concluiu convidando a não abaixar a guarda: “O tráfico de seres humanos é uma preocupação crescente em toda a região. Estatísticas recentes sustentam que cerca de 500 jovens foram declaradas dispersas em um único ano no distrito de Darjeeling, tornando-se vítimas do tráfico”.
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