A piorar a situação está tanto a pouca preparação dos médicos quanto, às vezes, a exígua vontade de ajudar. “O último caso foi o de uma senhora que veio à nossa clínica para se tratar de uma infecção na perna, causada por um acidente. A mulher tinha diabete, por isso a perna infeccionara gravemente. O médico do hospital lhe dissera que deveria amputar-lhe... a perna. A senhora veio ao dispensário. Fez-se medicar todos os dias. E agora caminha perfeitamente!” – conta-nos com tristeza o missionário.
Assim, começa a aumentar consideravelmente o número de pacientes que, para se tratar, vão à “Clínica Zatti”. Central é também o trato humano com que ali se cuida dos pacientes. “Se por um lado a coisa me faz feliz, por outro me revolta – prossegue o P. de Nardi –. Não é possível que a nossa ‘mal-apresentada’ clínica possa competir com uma estrutura tão grande como a do hospital”.
Num País onde mais da metade da população vive com menos de um dólar por dia, a saúde não é um direito reconhecido. São raríssimas as estruturas públicas em que alguém se possa tratar. As primeiras causas de morte entre as crianças são as infecções intestinais e respiratórias. Um simples antibiótico, unido a condições de higiene adequadas, bastaria para salvar a vida.
Dado o empenho salesiano pela saúde das pessoas, diversas escolas da cidade estão contatando os Agentes da Missão Salesiana para dar cursos de formação às crianças e aos pais sobre o tema.
Nesse meio tempo prossegue o trabalho para o fortalecimento dos ambientes. Graças à ajuda de Missioni don Bosco e de uma Benfeitora, compramos uma nova cadeira odontológica e os instrumentos para eletrocardiogramas, radiografias de boca e a análise de urina”. Entrementes preparou-se também uma nova sala para proceder aos exames clínicos e em que situar o gabinete dentário.