O grupo de jovens holandeses, formado por 5 jovens com experiência de vida na rua e acompanhado por 6 voluntários, reuniu-se com os jovens que participam dos programas assistenciais residenciais do MYC, com outros que os deixaram há pouco por terem atingido a maioridade.
Também nos Países Baixos, onde a assistência aos menores em situação de risco é bem desenvolvida, tão logo completam 18 anos os jovens devem aprender rapidamente a cuidar de si mesmos. Dessa forma, muitos jovens em poucos anos veem-se com problemas de dívidas e outras dificuldades.
Os jovens de Manzini observaram experiências de dificuldades semelhantes e, nas várias sessões, os dois grupos se confrontaram sobre a autossuficiência. Encontram algumas diferenças, devidas principalmente às divergências culturais sobre o que marca uma vida independentes nas duas sociedades. Não obstante, encontraram muitos pontos em comum: concordaram que certa estabilidade econômica e uma moradia estão na base da condição de autossuficiência; e, ainda mais importante, convieram que a autossuficiência compreende sentir-se responsáveis pelas próprias escolhas e que pedir ajuda quando necessário também é sinal de independência.
O produto final das interações foi um catálogo com algumas recomendações para as organizações de assistência que ajudam os jovens na transição para a vida adulta.
Durante os encontros informais como nas refeições, no tempo livre e nas atividades esportivas, entre os jovens holandeses e os da Suazilândia foi criada uma profunda compreensão, foram compartilhadas histórias e experiências de vida e estabelecida uma boa relação entre eles. Os jovens descobriram que a vida de rua em Amsterdã não é muito diferente da de Manzini, e do intercâmbio surgiu um enriquecimento recíproco. Por exemplo, um jovem holandês disse ter-se sentido motivado para a total recusa às drogas depois do testemunho de um jovem de Manzini que, após longa batalha de reabilitação, há um ano e meio deixou completamente o uso de drogas.