Carlos José Moreno Barón, 19 anos, não pôde chegar ao seu destino – que não era a “Defensoría del Pueblo”, porque não partecipava da marcha de protesto: ia a um campo de futebol, em Chuao – . Pelas 10h15min os projetos de futuro de Carlos José foram definitivamente quebrados, nos arredores da Praça Estrella, em São Bernardino. Um grupo motorizado, ligado aos “colectivos oficialistas”, abriu fogo contra os opositores. Foram vãos todo os esforços dos médicos. Carlos José foi atingido por uma bala na cabeça. O moço, que frequentara o Instituto S. Francisco de Sales, no bairro de Sarría, pertencia ao Movimento Juvenil Salesiano (MJS).
No mesmo dia de protestos, mas em San Cristóbal, estado de Táchira, um grupo em motos, ligado, presume-se, aos ‘colectivos’ locais de suporte ao governo, disparou contra Paola Ramírez Gómez, 23 anos, enquanto voltava de uma entrevista para emprego e passava ao lado da Praça São Carlos. Tampouco ela participava dos protestos...
Paola era ex-aluna salesiana: frequentara o Instituto, em Táriba. Sua morte foi instantânea, como o confirma um vídeo feito por uma telecâmera de segurança colocada sobre um edifício próximo: a jovem caiu abatida por um disparo partido de um “colectivo” filogovernativo.
A Procuradora Geral Luisa Ortega Díaz mostrou sinais de independência relativamente ao governo a que está ligada e pediu aos órgãos de segurança que garantam a liberdade de expressão: “Faço um apelo aos atores políticos sobre as manifestações: é um direito constitucional convocar manifestações pacíficas e estas não deveriam colocar em perigo a integridade física dos manifestantes” – afirmou.
Fonte: Aleteia.org