A cidade de Bahía Blanca possui quatro Casas Salesianas - Casa Emaús, Dom Bosco, La Piedad, Casa Salesiana de Educação Superior (Universidade Salesiana e Instituto Superior João XXIII) - além de quatro casas das Filhas de Maria Auxiliadora (Laura Vicuña, Madre Mazzarello, Marina Coppa Sagrado Corazón, Colégio Maria Auxiliadora).
Adrián Mandará, Diretor Geral das Instituições Salesianas de Ensino Superior, relata as consequências da inundação: "Tudo ficou coberto pela lama, com vento e desolação". Ele também conta que, nos dias seguintes, a cidade enfrentou paralisações de obras, estradas inundadas ou destruídas, escassez de água e energia, além de uma rotina repentinamente interrompida.
Diego Fonseca, Diretor da Casa Salesiana La Piedad, descreveu as "avalanchas de lama" que surgiram nos planaltos, quando o córrego Napostá e o canal de Maldonado, que atravessa a cidade, inundaram-se. "De repente a cidade ficou coberta de barro e água. Grande parte das pontes que conectam os diversos distritos da cidade ruiu. "Com o decorrer do tempo e a limpeza das residências, uma grande quantidade de lama, móveis, roupas e aparelhos domésticos foram-se acumulando nas ruas", disse.
"Como filhos e filhas de Dom Bosco, os momentos mais difíceis e os lugares de maior necessidade nos chamam a servir e a nos abrir à solidariedade com nossos irmãos e irmãs", escrevem os Salesianos de Bahía Blanca. De fato, como explicou a Irmã Silvia Boullosa, Inspetora das FMA na Argentina, uma densa rede de assistência foi imediatamente ativada para ajudar as famílias afetadas. A Ir. Silvia contou - uma carta enviada a todas as comunidades - o grande trabalho e empenho dos jovens alunos, ex-alunos e funcionários, que se uniram para tirar água da escola e cozinhar para preparar refeições para as pessoas mais afetadas.
Nos últimos dias, o Prof. Guillermo Tanos SDB, Diretor da Casa Salesiana Emaús de Bahía Blanca e Reitor da Universidade Salesiana da Argentina, enviou uma mensagem sobre a realidade da FS em Bahía Blanca: "Estamos acompanhando e compartilhando a dor do nosso povo, afetado por uma tragédia que deixou profundas consequências. Desde o dia da enchente, as comunidades da região montaram várias cozinhas para a distribuição de sopa aos pobres em vários bairros da Paróquia Don Bosco-La Piedad. A resposta das pessoas, especialmente dos jovens voluntários das obras salesianas, foi grande. O desafio é distribuir a ajuda e coordenar as doações, mas os Salesianos continuam demonstrando solidariedade e proximidade à população. As doações vêm de diversos lugares do país, os jovens se dedicam com todo o seu potencial, os voluntários de todas as idades empregam tempo e energia para ajudar os outros: há algo neste serviço que transcende a simples resposta às necessidades básicas. "Nosso objetivo não é apenas atender às necessidades materiais, mas também oferecer um gesto tangível de humanidade e dedicação", diz Adrián Mandará.
"Estamos orgulhosos e agradecidos pela solidariedade e devotamento de tantos jovens em nossas obras" - diz o P. Willy - . Eles foram os primeiros a chegar aos mais necessitados, levando não apenas um prato quente mas também proximidade e esperança aos locais mais devastados. Estamos consternados com o sofrimento do nosso povo em Bahía, mas temos muita Fé e confiança na Missão salesiana”.
Os primeiros missionários salesianos chegaram ao país há 150 anos, com a expectativa de que o Evangelho chegasse às regiões mais remotas e alcançasse todas as crianças, jovens e adultos. A reação da população a catástrofes como a de Bahía Blanca indica que tiveram êxito. "Mais uma vez, a Argentina demonstrou uma generosidade mais que singular ao dar apoio às urgências dos mais necessitados", conclui Adrián.