Trata-se de um projeto que em primeiro lugar deseja responder à necessidade de achar trabalhadores no setor mecânico-têxtil, que nos últimos anos vive uma crise de produção devida, primariamente, à falta de mão de obra, conexa com os pedidos – com frequência por demais seletivos – das empresas; e, ao mesmo tempo, é um projeto que, enquanto se vai ao encontro das necessidades do setor, se dirige primariamente aos sujeitos socialmente mais débeis: neste sentido, portanto, é com certeza um programa 100% salesiano.
O projeto é coordenado pelos três parceiros supracitados, no qual cada um se ocupa de um aspecto específico: o CFP salesiano – membro da rede CNOS-FAP (Centro Nacional Obras Salesianas-Formação e Encaminhamento Profissional) – provê diretamente à parte da formação; a União Industrial de Biella, à seleção das empresas interessadas; e a Cruz Vermelha, à individuação das pessoas a serem inseridas no projeto.
Todos os alunos, de fato - 15 ao todo - , provêm do setor-migrantes “Teobaldo Fenoglio”, de Settimo Torinese, gerido pela Cruz Vermelha, e têm uma idade entre 20 e 40 anos.
O curso consta de 120 horas de formação profissional na área mecânico-têxtil, que iniciou em dezembro, a que se somarão as horas dedicadas ao curso sobre a segurança e, finalmente, desde este mês de janeiro, um acompanhamento à inserção habitacional e de trabalho na cidade de Biella, seguido por responsável posto à disposição pela União Industrial.
“Até agora – explica Agostino Albo, Diretor do CFP do Rebaudengo – não registramos nenhuma ausência por parte dos alunos; há uma intensa motivação e vontade de levar adiante o percurso”.
Não se trata de um projeto isolado: no ano passado, sempre no Rebaudengo, decorreu um curso semelhante dirigido a imigrados no setor da carroceria: entre 14 alunos, todos continuam empregados.
O objetivo último deste projeto, além de responder a um pedido de trabalhadores especializados no setor de referência (neste caso, o de mecânico-têxtil), insere-se naquela que é uma das ‘mission’ da formação profissional salesiana, ou seja: a de formar grupos de pessoas sem trabalho (as quais, por mui variadas motivações, ligadas ao seu status, não conseguem achar emprego estável) e fornecer-lhes uma especialização e acompanhando-os a inserir-se no trabalho.
Fundamental é também o empenho da Cruz Vermelha do Campo Fenoglio, a qual monitora com atenção o andamento da atividade, as presenças; e que, entre outras coisas, forneceu gratuidade para o uso dos meios de transporte estatais dos alunos, visando facilitar-lhes o deslocamento.