Vaticano – Avança a Causa do Servo de Deus P. Carlos Crespi SDB

13 outubro 2022

(ANS - Cidade do Vaticano) – Em 10 de outubro de 2022, no decorrer do Congresso peculiar dos Consultores Teólogos junto ao Dicastério das Causas dos Santos, foi dado um unânime parecer positivo acerca do exercício heroico das virtudes, da fama de santidade e de sinais do agora já Servo de Deus (SdeD) Carlos Crespi Croci (1891-1982), sacerdote professo da Sociedade de São Francisco de Sales (Salesianos de Dom Bosco), missionário no Equador.

É uma passagem muito importante no processo de Beatificação e Canonização, saudada com júbilo tanto no Equador – particularmente na cidade de Cuenca onde o P. Crespi expendeu grande parte da sua vida salesiana missionária – quanto na Itália, em Legnano, cidade natal do P. Crespi.

“É deveras uma figura de grande relevo espiritual, quer missionário quer cultural – comentou o P. Pierluigi Cameroni SDB, Postulador Geral das Causas dos Santos da Família salesiana (FS) –, uma figura que transmite uma intensa mensagem de esperança, oferecendo-nos o testemunho de uma vida totalmente entregue à causa do Reino de Deus no serviço aos pobres e humildes, com todo o dinamismo apostólico e a alegria salesiana de Dom Bosco”.

Carlo (Carlos) Crespi Croci nasceu em Legnano (Milão, Itália) em 29 de maio de 1891. Era o terceiro de treze filhos. Aos doze anos se encontra com os salesianos do Colégio Santo Ambrósio, de Milão, onde completa os estudos de ginásio. Em 1903 prossegue os estudos no Liceu Salesiano, de Valsálice (Turim), e sente ser chamado por Dom Bosco: de fato, em 8 de setembro de 1907 pronuncia a primeira Profissão como salesiano, e em 1910 a perpétua. Em 1917 é ordenado sacerdote. Na Universidade de Pádua descobre a existência de um micro-organismo até ali desconhecido, despertando por isso o interesse dos cientistas. Em 1921 recebe o Doutorado em Ciências Naturais e, a seguir, o Diploma de Música. Em 1923 parte como missionário para o Equador.

Desembarca em Guaiaquil e se dirige a Quito. Logo depois se transfere a Cuenca, onde ficará por toda a vida. Ali inicia o seu enorme trabalho pelos pobres: faz instalar a luz elétrica em Macas; abre uma Escola Agrícola em Yanuncay. Consegue assim implantar numerosas oficinas, criando a primeira Escola de Artes e Ofícios, hoje reconhecida como Universidade Politécnica Salesiana (UPS, de Quito). Em Yanuncay aloja os noviços e em 1940 abre também a Faculdade de Ciências da Educação, tornando-se o seu primeiro Reitor. Institui também a Escola elementar “Cornelio Merchán” para crianças paupérrimas. Abre um Colégio de Estudos Orientais para dar a formação necessária aos salesianos destinados ao oriente... equatoriano. Funda o Museu Carlos Crespi, riquíssimo de artefatos e cimélios científicos, conhecido também fora da América.

Divulga com todas as forças a devoção a Maria Auxiliadora, expendendo toda a sua vida no homônimo Santuário. O seu confessionário, especialmente nos últimos anos de vida, está com frequência apinhado de Fiéis; e o povo começa a chamá-lo espontaneamente “São Carlos Crespi”. Está sempre no meio dos pobres: no domingo de tarde dá catecismo aos meninos de rua, distribuindo-lhes, além do divertimento, também o pão cotidiano. Organiza oficinas de Corte e Costura para as meninas pobres da cidade

Morre em Cuenca aos 30 de abril de 1982. Sua fama é viva e o povo lhe reza e o venera como protetor dos pobres.

Agora a 'Positio' será estudada pelos Cardeais e Bispos da Congregação das Causas dos Santos: tais articuladas etapas de estudo e avaliação permitirão ao Sumo Pontífice, em caso de êxito positivo, declarar o P. Carlos Crespi, “Venerável Servo de Deus”. Será depois necessário um milagre atribuído à sua intercessão para abrir caminho pelo rumo da Beatificação.

InfoANS

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