No dia em que todo o mundo salesiano – como pedira o mesmo Reitor-Mor – se celebrariam Eucaristias de Ação de Graças a Deus pela canonização de Zatti, também o X Sucessor de Dom Bosco presidiu em Valdocco a Santa Missa na qual se manifestaram plenamente a internacionalidade, o espírito comunitário e a fraternidade, características do carisma salesiano.
A concelebrar com o Reitor-Mor, entre as dezenas de salesianos sacerdotes presentes, havia também dois salesianos Bispos vindos da Patagônia – Dom Esteban Laxague, Bispo Diocesano de Viedma, cidade em que viveu e morreu Zatti; e Dom Bernardo Bastres Flores, Bispo emérito de Punta Arenas-Chile – ; o P. Pierluigi Cameroni SDB, Postulador Geral das Causas dos Santos da Família Salesiana; e o P. Leonardo Mancini, Superior da Circunscrição Especial Piemonte-Vale d’Aosta (ICP). Presente outrossim, a Geral das FMA, Madre Clara Cazzuola.
Abrindo sua homilia - pronunciada em italiano e em espanhol e traduzida ao inglês para ir ao encontro da mui variada Assembleia presente na Basílica – o X Sucessor de Dom Bosco expressou antes de tudo “a sua grande felicidade, pelo fato de que hoje, ao longo de todo o dia, em quase 2000 presenças salesianas, se esteja a celebrar uma Santa Eucaristia para agradecer a Deus pelo dom da Santidade de Zatti”.
A seguir, articulando a sua reflexão, tocou em dois pontos principais: a presença do mistério de Deus na vida de Santo Artêmides Zatti (e não só-), e a beleza e o valor da consagração ‘laical’.
Levou a refletir por isso sobre o fato de que “a santidade não é uma conquista humana nem sequer um motivo de orgulho, mas é antes de tudo a presença do mistério de Deus que se faz presente entre nós”. “Agradecer a Deus pela santidade de Artêmides Zatti é pois – continuou – sobretudo agradecer-Lhe, porque, no seu mistério, Deus se tornou mais próximo da vida de uma pessoa boa, que procurou amá-Lo e servi-Lo”.
Por isso, convidou depois todos a agradecer a “Deus Pai, Filho e Espírito Santo pelo mistério da Sua presença no meio de nós”.
Sucessivamente, no segundo ponto do seu arrazoado, evidenciou muito nitidamente que “Santo Artêmides Zatti não foi um sacerdote frustrado. Foi um salesiano que, por causa da doença, foi levado por Deus a descobrir o grande valor da sua vocação como salesiano ‘coadjutor.’ Assim a sua vida e a sua vocação nos falam do grande valor da vida consagrada.
Contemplando os presentes na basílica, e pensando em toda a Congregação Salesiana, acrescentou: “Hám entre nós, alguns que são sacerdotes e outros que o não são. Mas somos todos – sacerdotes ou Irmãos leigos – religiosos: somos ‘Salesianos de Dom Bosco’. Creio, por isso, que, no futuro, o contemplar o nosso irmão, Santo Artêmides Zatti, nos haverá de ajudar a redescobrir a beleza e o grande valor do Leigo Consagrdo”.
Por último, o P. Fernández Artime repercorreu o lema da canonização de Zatti – Eu cri – Prometi – Sarei - e observou que se tratou de um programa de vida “muito simples, mas assaz profundo”; e que, “em sua simplicidade exprime uma profunda Fé em Deus”.
Após a Concelebração, por entre momentos de fraterno convívio, o dia de festa se completou nas várias entregas - pelos salesianos irmãos vindos das mais diferentes Regiões do Mundo Salesiano – nas várias entregas de lembranças ao Reitor-Mor, tendo por fim o Sucessor de Dom Bosco encerrado o dia com a sua paterna bendição.
