Os trabalhadores da "linha de frente", além do cansaço inerente ao seu trabalho e do medo de contrair o vírus, durante meses precisaram também enfrentar a desconfiança de seus vizinhos, que temiam que eles pudessem ser veículos de contágio e precisaram se isolar de suas próprias famílias, a fim de protegê-las.

Eles encontraram um abrigo seguro na casa salesiana. Chester B. Hamoy, ex-aluno e ex-aluno salesiano, conta: “Nos primeiros meses, fiquei muito assustado e confuso com as mudanças repentinas... Eu também temia por minha família. Por isso resolvi procurar outro lugar para ficar”.

Na casa salesiana eles não encontraram apenas um lugar para ficar em segurança, eles encontraram acima de tudo uma comunidade de apoio que os ajudou a enfrentar os desafios psicológicos e espirituais da pandemia.

“O trabalho era realmente muito estressante e eu tinha muitas preocupações. Mas me senti abençoado aqui. Assistir à missa todos os dias me fazia esquecer minhas preocupações pessoais durante pelo menos uma hora. Antes disso eu não costumava ser assíduo às práticas religiosas. Mas aqui tivemos a sorte de ter o P. Eugene. O apoio que recebi dele me ajudou não só espiritualmente mas também mental e psicologicamente”, diz ainda Chester.

O salesiano P. Eugene Maglasang SDB, de fato, se ofereceu para ficar com os agentes de saúde da casa de Lawaan. Ele proporcionou a essas pessoas o melhor que um salesiano pode dar: o dom da presença. Celebrou missas para eles, os acompanhou durante as refeições e, no devido tempo e com a devida atenção, até organizou um retiro nas montanhas ao sul de Cebu.

Assim, enquanto a pandemia encorajava o isolamento e a separação, um milagre ocorreu na vanguarda da luta contra o vírus: eles começaram a se unir e a se apoiar como comunidade. Após cada dia de árdua batalha contra a pandemia, eles encontravam um lar e uma comunidade que poderiam considerar como família temporária e para onde voltar todos os dias.

“A pandemia continua a castigar o mundo. Mesmo assim, há ainda muita esperança, graças também a pessoas como o enfermeiro Chester, que vive sua profissão como vocação. Os heróis da luta contra a Covid-19 são também seres humanos. Eles precisam de nosso apoio e oração”, concluem os salesianos da FIS.

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