A escola aderiu à tecnologia dos "chromebooks", que possuem um sistema operacional específico para a educação e permitem que os alunos assistam às aulas, façam as tarefas de casa, trabalhem e até salvem seus arquivos. "Já estávamos preparando os professores para esta migração há alguns anos; várias escolas salesianas já adotaram o sistema. Nos juntaremos a elas no próximo ano", explicou ontem o diretor de estudos da escola, Alberto López.
A pandemia colocou ainda mais em evidência a necessidade de fornecer às famílias outros recursos além do aprendizado em sala de aula. A escola Santo Ângel "já vinha pensando nestas mudanças que agora as famílias agora demandam", ressalta Lopez. "Os alunos estão prontos para dar este salto, uma vez que já tínhamos uma sala de aula digital móvel com esse tipo de dispositivo", acrescenta.
As famílias acolheram bem a mudança. A princípio houve uma preocupação com a questão econômica, pois os pais pensavam que gastariam mais do que já gastavam com a compra dos livros tradicionais. "Fizemos as contas junto com eles e percebemos que o pagamento será apenas no primeiro ano, mas os computadores permanecerão no centro e serão usados também no segundo ano", explicam as famílias.
Foi escolhido um modelo de computador touch screen, que também possui uma caneta que permite escrever diretamente na tela. "O papel não será completamente substituído, em alguns momentos ainda será usado, mas esse tipo de dispositivo permite que os alunos trabalhem e criem conteúdos que podem ser compartilhados com os colegas", diz Alberto López. O Santo Ángel considera fundamental o ensino deste tipo de competência digital aos alunos.
Mesmo quem não tem Internet em casa, poderá trabalhar os conteúdos, pois o computador permite que eles criem trabalhos de casa e os subam na Internet quando chegam à escola. "Temos uma excelente rede wifi, que incrementamos há dois anos, capaz de suportar cerca de 600 ou 800 dispositivos contemporaneamente", acrescenta López.