Todas as famílias tiveram que aprender a viver juntas na situação de isolamento. Mas, e as casas-família e os centros de acolhença para menores?
As Plataformas Sociais Salesianas na Espanha possuem 83 recursos residenciais desse tipo: em todos esses centros vivem cerca de 700 pessoas. Durante o período de isolamento, seu trabalho mudou consideravelmente.
"A extensão das horas de intervenção levou mais tempo para cuidar das conversações. Vimos como alguns deram o melhor de si e fomos forçados a deixar nossas zonas de conforto e a procurar novos recursos... Eles nos fizeram mudar" – reflete José Carlos Rodriguez, coordenador do projeto residencial "Casa Garelli Protección", de Madri.
"A dedicação e a criatividade das equipes educativas foram fundamentais. Hoje, mais do que nunca, se viu que 'Dom Bosco' é a casa de meninos e meninas que não têm outra casa" – acrescenta Ignacio Vázquez, Diretor-geral da Fundação Dom Bosco, atuante em Andaluzia, Extremadura e Ilhas Canárias.
Mesmo na Itália, muitas das crianças alojadas em serviços de assistência residencial não tinham outro lugar a que ir, enquanto outras arriscavam retornar a uma família que não lhes garantiria seu apoio. Os responsáveis, educadores e operadores juvenis de "Salesianos pelo Social" mantiveram esses serviços residenciais abertos e tomaram todas as precauções para evitar o contágio.
Em Santa Severa, Palermo, Torre Annunziata... Em muitas realidades diferentes, "Salesianos para o Social APS" ajudou segundo a necessidade urgia: comprando desinfetantes, máscaras e luvas para proteger os ambientes; refornecendo as casas de ‘tablets’ para incentivar o ensino à distância; e até mesmo comprando ferramentas para permitir que os jovens trabalhadores continuassem a sua formação e produzissem máscaras para prevenir contágios.
Nesta fase de retomada sanitária e social em curso na Espanha e na Itália, os salesianos reiteram que, para crianças, adolescentes e jovens, especialmente para os mais vulneráveis, há e sempre haverá a sua presença.