A partir daí, o Dia do Índio passou a ser celebrado anualmente no Brasil em 19 de abril, como uma forma de reconhecer a importância dos povos indígenas para a história e a cultura do país, além de chamar a atenção para a luta pela preservação de suas tradições e pelo respeito aos seus direitos.
Para lembrar a data, foi realizada uma série de atividades na escola, sob a coordenação da professora Iama Azevedo. De acordo com a professora, o teve o objetivo de valorizar especialmente o povo Xavante. “Estamos fazendo esse evento para valorizar os Xavantes. Nós precisamos nos conscientizar e dizer não ao preconceito, e sim para a igualdade social”, disse.
Durante os três períodos escolares foram feitas palestras sobre a população indígena no Brasil, mais especificamente sobre a cultura xavante. Houve também a tradicional Corrida do Buriti, uma espécie de prova de força em que os xavante correm um percurso carregando uma tora de buriti nos ombros. Também houve a apresentação de cantos e danças típicos dos xavante, de poesia e também um concurso de beleza feminina e masculina.
O diácono José Alves representou a Missão Salesiana de Mato Grosso no evento e fez uma palestra sobre a cultura indígena, elencando elementos culturais como a língua, tradições, modo de viver e outros desafios enfrentados na atualidade dentro do município. “Foi um dia bem produtivo e enriquecedor”, declarou o salesiano. “Parabéns à equipe da escola que organizou o evento por essa iniciativa porque na escola há um grande número de alunos matriculados que são de origem indígena”, apontou José Alves.
De acordo com os registros do município de Campinápolis, aproximadamente 60% da população é formada por indígenas da etnia Xavante. A representante da Diretoria Regional de Educação (DRE), Miriam Lagares, ressaltou a importância desse evento, justificado por essa porcentagem. “Na Escola Couto Magalhães, 30% são Xavantes”, declarou Míriam.
Os indígenas compareceram ao evento pintados para a festa e se sentiram muito prestigiados com as homenagens recebidas. “Eles participaram as atividades sentindo-se valorizados, incluídos dentro do processo educativo promovido pela escola. Isso foi um grande marco de uma série de atividades que foram retomadas pela escola, e que venham outros”, finalizou o diácono salesiano.
Euclides Fernandes