Como iniciou a sua caminhada de Fé e vocacional?
Foi na família. Foi ali que experimentei e aprendi o que significa amar a Deus e rezar. Como muitos jovens, tive também eu o meu período de dúvidas: de pensar que Deus era somente fruto da minha imaginação... Passei assim, agnóstico, mais de um ano. Mas agora, olhando para trás, dei-me conta de que foi Deus quem permitiu que isso me acontecesse, e somente para que no fim eu acabasse ficando mais perto d’Ele.
Que traz consigo da Comunidade de origem?
Fui abençoado pela Fé desde criança. Mas só compreendi o sentido e a satisfação dessa vocação cristã quando ela foi posta em dúvida. Em criança lia a Bíblia e a vida dos Santos. Indo à Igreja e participando das tantas atividades que se organizavam, fui crescendo na bela e significativa tradição católica. E enquanto crescia fisicamente, cuidava também do meu crescimento espiritual. Embora eu creia que a nossa Fé é alguma coisa de profundamente pessoal, Ela não pode crescer – e ser plenamente compreendida – sem uma Comunidade cristã que a sustente.
O que é que mais lhe agrada do trabalho salesiano na Índia?
Tive a graça de conhecer e estar com os missionários salesianos que deixaram sua terra e Pátria, para fazer-nos conhecer o amor incondicionado de Jesus Cristo. Devo dizer que foram muitos os salesianos que realmente me inspiraram a trabalhar pelos jovens, sobretudo pelos mais pobres. Em particular, gostei muito de trabalhar no apostolado pelos Jovens mais em risco...
Como foi que se deu conta da sua vocação salesiana missionária «ad gentes»?
Não posso falar com certeza de quando foi que senti o chamado à vocação missionária. Mas me lembro muito bem do dia em que me senti chamado a ser ‘salesiano’: foi durante uma ‘colônia de férias’ para jovens durante a qual entrei pela primeira vez no aspirantado. Fiquei realmente impressionado por um pôster afixado à parede sobre o “Projeto África”... Sinto até hoje o encanto salutar daquele episódio em minha vida. Algo se deu dentro de mim... e não tenho palavras para o contar como merece. Em conclusão: sinto que minha vocação salesiana sempre coincidiu com a minha vocação missionária. Para mim, são como duas faces da mesma medalha!