África do Sul – O P. John Dickson e o valor da memória histórica

(ANS – Johanesburgo) – O salesiano John Dickson é o Diretor da Comunidade salesiana de Chertsey, Grã-Bretanha, o responsável por uma Escola de 1500 alunos e também o capelão da ‘Royal University’. Apaixonado por história salesiana, durante uma permanência em Johanesburgo, África do Sul, foi entrevistado pelo Boletim Salesiano local.

Qual a situação da juventude na Europa?

Nas universidades, 47% dos jovens não têm nenhuma religião, 33% são cristãos, 4% muçulmanos, 1% judeus, 1% sikh e 2% hindus. Nas universidades respira-se uma atmosfera muito secularizada. Mas os jovens estão também intensamente desejosos de relacionamentos autênticos. O meu papel como capelão é um papel educativo. Os jovens anseiam por espaços de pertença: querem achar o seu caminho, um local em que se sintam acolhidos. Por isso, vou também à oração muçulmana e à oração hindu: ali você está com eles; e eles querem ver que v. lhes dá importância, reza com eles.

O Sr. é apaixonado por História: como nasceu esse interesse?

Em criança, podia ir a uma biblioteca estatal gratuita e todo sábado de manhã minha mãe me acompanhava para tomar emprestado alguns livros que ler. Era uma excelente maneira de passar o sábado de manhã! Depois, o meu Mestre de Noviços, P. Martin McPake, fez-me gostar da pesquisa histórica. Cinco anos depois da minha ordenação já ensinava História no Seminário. Depois fiz o doutorado com uma pesquisa sobre a “A História dos Salesianos na Inglaterra”. A História não é apenas um conjunto de histórias: ela diz respeito à vida das pessoas. Os Salesianos são admiráveis para fazer História. Mas com frequência não se interessam por escrevê-la.

O que o levou à África do Sul?

Estou escrevendo acerca do P. Ainsworth, um dos pioneiros da Visitadoria da África do Sul e que foi o primeiro Delegado Inspetorial do África do Sul. Nascera em 1908, formara-se engenheiro, tornando-se depois Salesiano. Era uma pessoa muito aberta, leal, de grande sabedoria.

Por que é importante preservar a memória da história salesiana?

Se v. não conhecer a árvore de que é ramo, correrá o risco de se podar dela. Há depois também a questão da identidade: é preciso que haja um diálogo entre a situação atual, em que vive, e suas origens. Como disse o Vaticano II: “Seja consciente do deposito da fé e de como adaptá-lo aos tempos presentes”. A história mantém-no em contato com as origens de quanto V. faz.

InfoANS

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