P. Silvio Roggia, SDB
Onde Dom Bosco está hoje em Mianmar?
Neste país, que conta com 60 milhões de habitantes dos quais os católicos são menos de 1%, os Salesianos somam 77, presentes em 9 obras, com um bom número de jovens em formação inicial, tanto dentro como fora do país. As Filhas de Maria Auxiliadora são 36 e possuem 4 Comunidades.
Qual é a história salesiana em Mianmar?
Os Salesianos chegaram em Mandalay em 1939. Depois, foi-lhes pedido que fossem à região de Lashio, onde o PIME já havia iniciado as primeiras comunidades cristãs. De fato, foram os Salesianos que implantaram a Igreja de modo estável naquela região. Com o golpe de estado de 1962 e a expulsão dos missionários seguiram-se tempos duros, mas restou um pequeno grupo de fidelíssimos.
Aos poucos o trabalho educativo-pastoral foi retomado; agora, temos presenças missionárias e dois internatos como o de “Nazareth”, em Anisakan, onde vivem e estudam 120 garotos entre 12 e 17 anos – e por onde passaram quase todos os Salesianos do país, entre eles o cardeal Charles Maung Bo, arcebispo de Yangon.
Em Kalay há uma obra semelhante para 70 jovens e ainda em Thibaw, onde há também uma comunidade para aspirantes e pré-noviços. Há, depois, uma escola técnica em Myitkyina, que acolhe jovens que desenvolveram alguma dependência (fenômeno infelizmente muito difuso em algumas partes do país); e em Mandalay foi aberto o “Don Bosco Friend of Youth”, uma casa para jovens com grandes dificuldades, aos quais se oferece aprendizado informal profissional e de habilidades.
O que Dom Bosco poderá oferecer para o futuro de Myanmar?
A vida salesiana está vivendo uma nova aurora, graças ao número encorajador de novas vocações. Certamente, não faltará trabalho, pois são muitíssimos os jovens que precisam realmente de um amigo como Dom Bosco.
O que Mianmar espera da visita do Papa?
Creio que o slogan que já se vê estampado nas camisetas e bandeiras o indique claramente: “love and peace”, “amor e paz”. O país precisa muito percorrer caminhos de justiça, reconciliação, paz, atenção pelos que estão em maiores dificuldades e são marginalizados.
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