A sua experiência de docente iniciou em 2001: “Acabara de laurear-me – conta -. A oportunidade chegou-me de um colégio particular de religiosas, que, nesse momento, tinham um grupo de jovens a elas confiados pelo Tribunal de Menores, e por isso precisavam de uma figura masculina. Foi uma excelente aventura, tanto do ponto de vista didático quanto humano. Tentei desde o início utilizar quanto havia vivido no mundo salesiano e a ideia de construir relações com aqueles jovens. Nesses anos para eles acabei me tornando realmente tudo: era talvez o único que os chamava essencialmente pelo nome”.
Sucessivamente Marcos passou ao liceu salesiano de Catânia: “Encontrei-me ali com jovens de situação totalmente diferente: na situação de quem está bem economicamente, mas, quiçá, se defronta com mil outros problemas. Tratou-se de reimpostar tudo: também do ponto de vista didático. Mais um lindo desafio!”.
Para um educador Dom Bosco continua válido pelo seu “convite a estar no meio dos jovens” e por “aquela que chamava ‘a palavrinha ao ouvido’, i. é: aquela palavra pessoal, dita na hora certa, sem o temor de um novo relacionamento educativo pessoal, a par daquele mantido com a classe”.
Faz pouco, iniciou Marcos um novo percurso de ensino numa Escola estatal “em que vejo aquele dirigir-se a ‘todos, sem excluir ninguém’ de que fala também o Sínodo dos Jovens”.
Deles refere: “Há muitos desiludidos. Mas o estão também muitos professores. A só orientação à eficiência e aos resultados leva a contentar-se com o mínimo indispensável, com as notas. Também os pais com frequência se caem nessa arapuca, esquecendo que a verdadeira pergunta a um professor deveria ser: ‘Como ‘é’ o meu filho na escola?’”.
Entretanto a solução existe, e essa também é tipicamente salesiana – a capacidade de sonhar: “Cultivar sonhos ensina a aspirar a algo cada vez maior com que compreender também as coisas pequenas. Eu continuo a sonhar. Ajuda a crescer. E lhe faz achar um sentido também para a língua pátria, a história, a geografia”.