RMG – Encontro com o P. Jayapalan, Delegado Mundial dos Ex-alunos e Ex-alunas de Dom Bosco

(ANS – Roma) – Tem 58 anos de idade, 40 como Salesiano e 30 como sacerdote; pode orgulhar-se de um parente ilustre na família, o card. Duraisamy Simon Lourdusamy, por sete anos Prefeito da Congregação para os Ritos Orientais. É o atual Delegado Mundial dos Ex-alunos e Ex-alunas de Dom Bosco. Hoje, aprofundamos um pouco mais o conhecimento sobre ele.

Pierluigi Lazzarini

Apresente-se, sff

Os meus pais, católicos praticantes, desempenharam um papel fundamental na formação da minha vida e dos meus valores. O meu pai era professor e catequista na minha aldeia. A minha mãe era uma aldeã quase analfabeta. Mas eram pessoas piedosas e de boas relações sociais. Ensinaramnos o modo de nos aproximarmos dos mais pobres, o que se tornou em atitude comum e normal. Na família temos hoje seis pessoas religiosas e somos três salesianos.

A quem se deve a sua vocação?

Entrei na Casa Salesiana com a idade de 9 anos. Assim, neste mês, atinjo o 50º aniversário do meu caminho com Dom Bosco... Sou Antigo Aluno, admirador sequaz do Grande Pai e Mestre. Foi a inspiração recebida dos Salesianos que me fez entrar na Congregação. Nos anos de estudante pude experienciar o amor que os Salesianos nutriam pelos garotos mais pobres. Um Irmão Salesiano Coadjutor que era o adminstrador da Escola, fez-me ver quanto os salesianos amavam os pobres deixando de cobrar as minhas propinas durante três anos. Aquele ‘golpe‘ de compaixão contribuiu para me tornar no salesiano que hoje sou. Portanto, sou também ex-aluno agratriste decido!

Sinto-me feliz por ter sido designado como Delegato Mondiale dos Ex-Alunos e Ex-Alunas. Estou grato ao Reitor-Mor pela confiança que em mim depositou ao encarregar-me desta missão maravilhosa.

Quais os momentos mais e menos felizes?

Os mais felizes foram os momentos da minha primeira profissão religiosa, em 1977; a minha ordenação sacerdotal em 1987; e quando fui nomeado Provincia, em 2011. Rapresentam momentos da experiência de Deus, como Senhor que me conduziu e encorajou, guiado por Maria nossa Mãe. Na minha primeira profissão, quando não sentia o futuro seguro, rezei a Nossa Senhora para que estivesse sempre comigo. Até hoje tenho sentido a sua proximidade, beneficiandome com proteção materna. Tudo o que sou e tudo o que tenho devo-o à nossa bendita Mãe, Maria Auxiliadora.

Não me lembro de nenhum momento muio agratriste.

Problemas e momentos mais ou menos tristes fazem parte da vida, mas não tenho e mente nenhum para me lamentar. Uma das muitas graças que Deus me concedeu foi a de encarar sempre as coisas como são e de considerar as crises como modo de esclarecimento e oportunidades para melhorar.

Fale da Congregação Salesiana na Índia

A presença e o crescimento da Congregação na Índia é muito encorajadora e até fenomenal. Temos muitas vocações o que representa um sinal de vitalidade. Na minha Província de Chennai, temos cada ano uma média de 12-15 novas profissões e 10 ordenações sacerdotais por ano. Dá-se muita atenção aos pobres, em particular aos jovens sem trabalho e sem abrigo que andam pelas ruas, aos órfãos e aos portadores de Sida, aos prisioneiros, aos imigrantes, etc.

Dedica-se um cuidado especial aos problemas da educação dos jovens mais pobres, facultandolhes a aquisição de valores e competências profissionais através da formação nos Centros ‘Dom Bosco Technology‘.

Ocorre dedicar a maior atenção aos órfãos, aos abandonados e aos mais pobres dos pobres, sem casa, sem família nem afecto, sem amor, mas também cuidando constantemente da vida simples dos Salesianos que se entregam a este apostolado, evangélico.

Como vê o futuro da Confederação Mundial dos Ex-Alunos e Ex-Alunas de Dom Bosco?

A Associação tem um potencial enorme. De certo modo é un gigante adormcido. A quanto sei, cada ano são cerca de 200.000 alunos os que saiem das nossas instituições em todo o mundo. Daqui, que se consider muito grande o desafio de agregá-los à nossa organização, a fim de continuarem a ser ajudados na construção da própria vida no seu ambiente e a darem o seu contributo à Congregação, modelados como apóstolos e testemunhos na Igreja e na Sociedade.

Que diz à força da organização?

• Na Equipa da Presidência reside focalizada e pode constituir a maior força como leadership, unida à visão realística da situação atual no mundo globalizado;

• há força que está em quanto se debateu na reunião do Conselho Executivo onde se instituiu um sistema que dará prova de eficácia, sendo criado o secretariado permanente; a reunião da Presidência, as reuniões Regionais por Continente, as visitas para implementar a reorganização nos vários Continentes;

• existe no projeto de grande alcance num salto qualitativo de clareza e visão, definindose as 7 (sete) prioridades centradas na informação (dabase, comunicação), formação (formação, família e Família Salesiana) e transformação (plataforma Business versus angariação de fundos para as Missões Salesianas);

• a força está no entusiasmo da retoma organizativa unindo Salesianos e Antigos Alunos nas diferentes partes do Mundo e isso tem de ser implementado;

• está nos Antigos Alunos que cresceram graças aos valores da educação recebida com o Sistena Preventivo de Dom Bosco e se encontram hoje bem colocados na vida e na Sociedade.

E os desafios?

• Bem. Um dos grandes desafios consiste em descortinar o modo de contribuir para ajudar aquelas Províncias onde se regista maior dificuldade para se empreenderem os primeiros passos; outro é o de melhorar e reforçar a união onde já existiu ou exista debilitada; quer dizer, reactivar sobretudo as associações (uniões locais ou Centros de AA) e as Federações (Regionais e Nacionais) que atravessam um período de crise, sem deixar de apoiar as de maior vigor;

• considero ser um grande desafio voltar às origens do Oratório e fazer crescer as Associações locais e as Federações com o sentimento da gratidão. Ou seja, levar os leaders (dirigentes) a superarem a ambição personalista da vaidade pelo prestígio, o protagonismo e o poder ôco, para darem com humildade e ousadia um sentido de serviço e dedicação, a incrementarem a ajuda às suas organizações, tornando-as autónomas (sem dependência, autosuficientes) e levá-las a contribuirem para o coerente desenvolvimento da missão carismática salesiana;

• desenvover ações com caráter formativo para os Antigos Alunos mais capazes e ‘envolvidos‘ para serem dirigentes honestos e cristãos empenhados, ou seja, para se converterem em autênticos leaders considerando a miliotância e a vocação, também no confronto com as fronteiras públicas, nas arenas políticas e sociais;

• enfim, ajudar os nossos Antigos Alunos a abrirem-se mais às novas realidades e aos sinais dos tempos, sem lamentações e a olharem para a frente. É desafiante!

E quanto ao papel do Laicado?

• A formação dos Leigos e o seu relevante papel na Igreja e na Sociedade permanece como grande desafio ainda e também para a Congregação, apesar dos vários anos que nos separam do Concílio Vaticano II. Por parte dos Antigos Alunos, penso que se deveriam esforçar para se formarem convenientemente nos valores e na visão do mundo contemporâneo, capacitando-se e mostrando-se disponíveis para assumirem a liderança.

Qual é o seu plano de acção imediata?

• Importa difundir já e dar a conhecer as tais 7 (sete) prioridades que a Confederação definiu para todo o mundo (‘exalumnal‘ como se diz em Espanha e na América Latina), através de ações formativas nas Uniões (Centros) e nas Federações, ajudando a crescer ‘unidos‘ e com visão clara do nosso associativismo.

• Interessa dinamizar a formação de unidades de base com data-base, concentrada

nas instruções que conduzam à maturidade individual, aos valores familiares e à consciência social. Uma vida bela é aquela que é vivida para os outros.

• A criação de Uniões (Centros) de AA e de Federações com líderes comprometidos e generosos, implica ajudá-los a terem uma visão clara no contexto da ‘pertença‘ à FS em partilha, na linha da Confederação Mundial, adaptada às próprias realidades onde se inserem. Para isso servem os Estatutos.

• ajudar com formação a todos os níveis, a fazer dos AA os chefes que podem dar um contributo válido para a construção da Igreja e da Sociedade, é uma ambição típica salesiana, tendo especial preferência pela juventude mais pobre e mais carente.

Fonte: Exallievi NewsFlash

InfoANS

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