“Nós buscamos oferecer àquelas crianças uma atmosfera de paz. A todas as crianças agrada brincar, saltar, cantar, não é verdade? È o clima que oferecemos a tantas crianças a quem a guerra danificou: algumas não falam, outras carregam a violência dentro de si. Nós colocamos ao lado dessas crianças aquelas que não estão em situações tão difíceis. (…) Antes da guerra havia mais cristãos: agora, das 200 crianças há somente 24; as demais são muçulmanas. Os Pais confiam em nós, porque lhes oferecemos clima de paz, de família, e estão certos de que aqui não há fanatismo”.
Com a Secretaria da ONU para os Refugiados, a Ir. Carolin leva à frente também um curso de costura para mulheres, ao fim do qual as diplomadas recebem uma máquina de costura. “Incutimos também a força de ficar de pé, de serem independentes, de buscar um trabalho… Incentivamo-las dizendo: «Coragem! O futuro virá! A paz virá!»”.
Há em Damasco um total de 20 FMA, às quais a Ir. Carolin dedica o seu prêmio. Estão na ativa não só na Escola; também no hospital, apesar das terríveis condições de trabalho: “Não há remédios; os melhores médicos partiram. Não se encontram técnicos para consertar os aparelhos. Entretanto as Irmãs são maravilhosas: estão sempre prontas para atender a todos”.
Olhando para o futuro, a Ir. Carolin sabe que haverá muito por fazer: “Depois da guerra deveremos começar um trabalho para ensinar-lhes o perdão, o diálogo, e tantas coisas a serem construídas... dentro. A começar pelo perdão”. Por ora ela quer sublinhar que “há realmente tanta solidariedade: quando acontece algo por perto de nós, há muitas pessoas, também muçulmanas, que batem à nossa porta perguntando: «Irmã: tudo bem aí!? Precisam de alguma coisa? Medo? Precisando, nós podemos ficar aqui!»”.
Fonte: Radio Vaticana