O que o levou à vida missionária em 2000 e o que ainda o inspira hoje?
Durante o noviciado, eu já ansiava por servir aos jovens. Queria oferecer minha vida pelos outros, pelos mais necessitados. A animação do então Conselheiro Geral para as Missões, P. Luciano Odorico, foi fundamental para me conduzir à vida missionária. Vinte anos depois, sinto que a Mongólia é meu chamado e minha vocação. Durante a pandemia, fui visitar a família no Vietnã e as restrições a viagens me retiveram ali até agora, longe da Mongólia. Minha família procurou me convencer a ficar no Vietnã. “Há muito trabalho aqui no Vietnã, não é preciso voltar à Mongólia”, me diziam. Mas aquela não era a minha vocação.
O que o faz feliz como missionário?
Acredito que este seja o plano de Deus para mim. Deus me chamou e me enviou para esta missão. Aqui posso ver esperança, futuro, alegria das pessoas. Me sinto feliz por contribuir na educação dos jovens e por poder compartilhar a experiência da Fé com todos.
Quais são os principais desafios para um missionário na Mongólia?
Cruzar barreiras geográficas, culturais e linguísticas ainda é extremamente desafiador. Em contextos culturais diferentes dos nossos, é sempre difícil encontrar o caminho: muitas vezes pode haver confusão. Até a proclamação do Evangelho é um desafio, porque na Mongólia, a nossa religião é considerada uma religião estrangeira. Existem além disso os desafios ambientais, que afetam o nosso trabalho e às vezes o dificultam. Sabemos porém que Deus é onipotente e está presente em todos os lugares: Ele tem o poder de mudar os corações e as mentes, e de transformar as vidas.
Depois de 20 anos, quais são os seus sonhos para o futuro da Mongólia?
Como filho de um Sonhador, os sonhos são muitos! Sonho com missionários salesianos que tenham cuidados e atenções mútuos. Sonho com uma vida melhor para o povo da Mongólia, onde todos tenham empregos adequados, necessidades básicas atendidas e uma família para amar! Sonho com uma Igreja acolhedora e que forneça uma base para transformar para melhor esta sociedade.
Fonte: AustraLasia