Que o levou a fazer-se salesiano?
Conheci os salesianos em Utrera, Espanha, quando tinha 10 anos. Fiquei ali como interno por sete anos. A atrair-me foram exatamente os salesianos: eram religiosos especiais, felizes, próximos. Cuidavam de nós. Jogavam conosco. E eram também exigentes. Depois de ler e conhecer a vida de Dom Bosco, compreendi por que eles eram assim. Com o tempo fui compreendendo também a sua deles espiritualidade e obras. Sobretudo o sentido do clima de festa e de alegria. E quando chegou a hora de me decidir para o futuro, deparei-me, num retiro, com esta frase: “Do seu sim ou do seu não, depende a felicidade de muitos”. Decidi-me pelo SIM a Deus.
Que traz consigo da experiência do CG28?
Foi o quarto Capítulo Geral de que participei. A primeira coisa que me tocou foi celebrá-lo em Turim, onde tudo fala de Dom Bosco e da Auxiliadora.
A segunda foi a presença de jovens no Capítulo. Suas mensagens, testemunhos e pedidos – estar com eles, querer-lhes bem, ser sinais de paternidade, acompanhá-los ao encontro de Deus… – foram uma nova «Carta da Roma».
Por fim, não me é indiferente ter sido eleito Conselheiro Regional: abre-se uma nova etapa em minha vida salesiana.
Que pôde conhecer até agora do novo encargo? Que espera do futuro?
Aprendi que a primeira tarefa é colaborar com o Reitor-Mor na animação e no governo da Congregação. E dentro do Conselho, promover uma união cada vez mais direta entre as Inspetorias da Região com o Reitor-Mor e o Conselho; deverei zelar pela vida e a missão das Inspetorias que me foram confiadas e facilitar no Conselho o conhecimento das situações locais.
Olhando para o futuro, é esta uma Região preciosa: tem suas riquezas – primeira dentre todas, as pessoas – e também seus desafios. Far-nos-á crescer enfrentar tais desafios com coragem e decisão, confiando em Deus.
Nestes seis anos o que sonha para sua Região?
Dom Bosco foi um grande sonhador com os pés no chão. Meu sonho parte da nossa história, que não é passado, mas promessa de futuro: e do qual temos tanto de aprender.
Temos alguns desafios: a fecundidade vocacional; a revitalização da vida consagrada salesiana; a atenção aos jovens pobres e em risco – com particular atenção à imigração – ; o horizonte missionário: a sensibilidade missionária da nossa Região é simplesmente impressionante!
Não podemos deixar de sonhar: sonho, pois, uma grande comunhão de pessoas – salesianos, leigos, Família Salesiana – que trabalham em comunhão para a educação e a evangelização dos jovens.
Gostaria que nós, como Dom Bosco, vivêssemos como se víssemos o invisível.