Como fez para saber que tinha vocação missionária?
Inicialmente foram alguns encontros com missionários e o visionamento de vários documentários salesianos a dar-me a sensação de que tinha esse chamado. Mas foi depois, ao iniciar o processo de discernimento com o meu Diretor, que compreendi que recebera de Deus esse presente.
E seus familiares que pensam do seu chamado missionário?
Exatamente como eu! Fizeram um processo de discernimento. Não queria tomar uma decisão sem o seu consentimento. Depois escreveram ao Inspetor garantindo o seu apoio a esse chamado de Deus.
Que acha da sua destinação missionária?
Quando me candidatei, escrevi ao Reitor-Mor que estava disposto a trabalhar em qualquer lugar que me fosse destinado, possivelmente entre os mais pobres.
Onde foi buscar tanta coragem?
Coragem não é ausência de medo: estava ansioso e ainda me pergunto como caminharão as coisas por aqui. Mas dado que pus tudo nas mãos do Onipotente, Ele tomará conta de mim.
Vale a pena dar a vida pelos outros num modo tão radical?
Sinto que isso é muito mais que dar a vida: é partilhar a vida com quem se encontra aqui nas missões do Camboja e me faz pensar que estou fazendo a vontade de Deus. É um desafio: língua desconhecida, cultura diferente, tantas coisas por aprender… Mas sou feliz e posso dizer que vale a pena partilhar a vida, que para mim é dom de Deus.
Os Salesianos atuam no Camboja há 25 anos: que significa a sua presença deles, para o povo?
A nossa presença tem feito a diferença na vida de muitos, através da formação acadêmica, técnica ou profissional. Muitos dos nossos alunos já estão empregados em grandes empresas. E se comportam exemplarmente na vida.
Quais são as mais urgentes necessidades missionárias no país?
Educação e, por meio dela, Evangelização.
Qual sua mensagem para a Família Salesiana?
Como missionários, dependemos de suas orações!
Fonte: AustraLasia