RMG – Ao coração do Carisma Salesiano
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28 junho 2019

(ANS – Roma) – Sob o quadro do Sagrado Coração, na Basílica construída por Dom Bosco em Sua honra, há em Roma um duplo retrato. O primeiro dedicado a S. Francisco de Sales, o segundo, a Santa Margarida Maria Alacoque, com a qual se iniciou a devoção ao Sagrado Coração de Jesus, depois das revelações que recebeu a partir de dezembro de 1673. Francisco de Sales fundara com Santa Joana Francisca de Chantal a ordem da Visitação: a ela pertencia Margarida Maria Alacoque. Não se trata apenas de referências históricas: o coração é como que a síntese da mensagem de Francisco de Sales, comunicado antes que por seus escritos por sua própria vida.

Soube Francisco enriquecer o caminho da Igreja com uma caridade sem limites. É o fruto de um amadurecimento iniciado durante os anos de estudos e continuado depois, nos nove anos como Sacerdote, sete dos quais vividos como missionário no Chablais, enfrentando hostilidades de todo o tipo. A sua estratégia era: reconquistar os corações, um a um, com a paciência e a doçura. A mesma tática, ele a manterá como Bispo: “Deus arrebatou-me de mim mesmo para Si e doar-me ao povo. Isto é: transformou-me do que eu era para mim para aquilo que devia ser para eles” – escreveu numa carta a Joana Francisca de Chantal, no dia da sua Ordenação episcopal.

O ‘coração’ é o conjunto de toda a sua vida e da sua herança espiritual, da qual brota também o dom que, através de Margarida Maria, chegou a toda a Igreja. A história espiritual de Dom Bosco é uma como grande árvore que nasce da mesma raiz. Quis que Francisco de Sales entrasse no nome daqueles que teriam continuado sua missão, porque é o mesmo coração a dar vida a tudo o que dele, Dom Bosco, nasceu.

Dois momentos especiais são como que testamento e símbolo do coração de Dom Bosco, vividos ambos na Basílica do 'Sacro Cuore': a Carta de Roma, de maio de 1884, na qual confia tudo o que lhe está mais a peito e pede aos seus salesianos de terem o mesmo coração que ele tem para com os Jovens; e a única Santa Missa por ele celebrada na Basílica, em 16 de maio de 1887, quando deixa voltar à memória do coração toda a caminhada da sua vida, vivida como “um único movimento de caridade para com Deus e para com os irmãos” (C 3).

Voltar a estas raízes abre de par em par a via de uma caminhada de renovação que recria o ‘coração novo’ com que ser SALESIANOS, segundo o coração de Dom Bosco, para os Jovens de hoje.

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