ADELA, mãe de seis filhos (três meninos e três meninas), vive numa casinhola com um quarto e uma ‘sala de visita’ de chão batido. Três dos seus filhos lutam para estudar: um deles não vai à escola por falta de dinheiro. O marido é um militar que sofreu um acidente em 2015 e continua no hospital. Antes vendia carvão no bairro: teve de usar todo o seu capital para pagar a escola dos filhos. Atualmente está à espera do estipêndio do marido para retomar a sua atividade.

ELIZABETH, nascida em 1954, cultiva a terra e é viúva por causa da guerra. Teve oito filhos, mas hoje está sozinha e fica com a única filha, viúva também ela, mas com 10 rebentos (dois dos quais ajudados pelo CDB), numa casa em péssimas condições, onde não há um colchão sequer... O seu desejo seria incrementar as vendas de feijão com que poder ajudar os netos...

FLORENTINE vivia em Burega com o marido, que entretanto morreu no massacre de Kasika: sua casa foi queimada e Florentine teve de fugir com os sete filhos, carregando consigo cicatrizes e sofrimentos. Abusada sexualmente, beneficiou-se de assistência no hospital de Panzi (em que trabalha o Dr. Denis Mukwege, Prêmio Nobel da Paz 2018). Vive numa miúda casa alugada: mas... corre o risco de ser despejada. Não sabe para onde ir. Dentre os seus sete filhos, um vive na rua, outro desapareceu. Mãe Florentine vendia combustível. Agora não consegue fazer nada: falta dinheiro.

Nos grupos AVEC as participantes aceitam depositar cada semana numa caixa comum 1000 Francos Congoleses (FC) (perto 60 centavos de euro) e 200 FC, numa caixa de solidariedade (para o caso de doença, morte, .… ). Passado um pouco de tempo, podem pedir um crédito para iniciar uma atividade e assim cuidar das necessidades primárias da família. As mães apresentadas neste artigo, embora pertençam aos grupos AVEC, não conseguem com frequência achar dinheiro que destinar ao grupo, e por isso pedem socorro ao Centro Dom Bosco... 

• ELIZABETH ELIZABETH
• FLORENTINE FLORENTINE
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