A grandiosa obra da via Tuscolana é composta por vários departamentos, entre os quais uma grande igreja, dedicada à Auxiliadora, erigida como paróquia em 25 de março de 1932 por Pio XI. O projeto tem o formato de uma grande cruz latina, com o braço mais longo medindo 72 metros e o mais curto medindo 40 metros.
A igreja foi consagrada solenemente em 17 de maio de 1936 e, desde 1967, é sede do título cardinalício de Santa Maria Auxiliadora na via Tuscolana. Em abril de 1969 ganhou a dignidade de basílica menor.
O projeto do templo é dos arquitetos prof. Giulio Vallotti, do escritório técnico dos salesianos, e pelo prof. Nicola Mosso, de Turim, no estilo das grandes igrejas romanas do Renascimento, e como tal seus afrescos foram realizados, entre 1957 e 1965, pelo P. Giuseppe Melle, Salesiano de Dom Bosco. Além de artista valioso, ele também foi um bom teólogo e na basílica representou numerosos temas nos ciclos pictóricos: mariano, eclesial, eucarístico e salesiano, com ecos e estilos que lembram as famosas Salas de Rafael no Vaticano.
A fachada está dividida em duas ordens. Na ordem inferior, quatro colunas encimadas por arquitrave e tímpano coroam a entrada principal do templo. Na ordem superior, repete-se a mesma monumentalidade, mas as colunas são reduzidas a duas e, em vez da porta, há uma grande janela. O conjunto é encimado por uma balaustrada, no centro da qual está uma estátua da Auxiliadora. Para completar a fachada existem duas torres sineiras, num total de oito sinos.
No interior, com três naves, encontram-se numerosos dispositivos simbólicos e temáticos. Na cúpula, os anjos estão representados com a Virgem da Assunção. O tambor apresenta os episódios narrados na Sagrada Escritura e os dogmas marianos. A soberania de Maria Santíssima sobre os anjos e a humanidade está representada na bacia. Mais abaixo, são em primeiro plano, os apóstolos e evangelistas, os mártires e, mais abaixo, os confessores da fé e os bispos.
A abóbada principal também exibe as vitórias de Lepanto (1571) e de Viena (1683), atribuídas à ajuda de Maria Auxiliadora. Nas laterais, há uma ilustração da obra dos salesianos (escolas e missões) e imagens e episódios dos mais famosos santuários marianos.
Nos seis altares das capelas laterais, o P. Melle também representa um ciclo eucarístico. As lunetas mostram a ação das três Pessoas da Santíssima Trindade unidas no sacrifício do Filho, recordado no da Missa. As velas das abóbadas mostram cenas do Antigo Testamento que o prefiguram: as Almas do Purgatório; o sangue do Cordeiro Pascal; o sacrifício de Isaque; o pão de Elias; o sacrifício de Melquisedeque; o maná no deserto.
À esquerda do transepto está a capela de São João Bosco. Na abóbada há um comentário singular sobre a “Salve Regina”: Dom Bosco pede a Maria que mostre seu Filho Jesus depois desta vida, que é um vale de lágrimas. Sob a cúpula trompe l'oeil, o P. Melle retrata doenças, sofrimentos e cenas da Primeira Guerra Mundial.
No lado oposto, fica a capela de São José. O padroeiro da Igreja Católica se apoia na cabeça de Jesus e abençoa os fiéis. E um pergaminho abaixo da Madonna diz “Vão até José”, promovendo, assim, a entrega ao pai adotivo de Jesus.
Por fim, a imagem de Maria Auxiliadora domina o centro da bacia da abside, com os símbolos da realeza divina e de Maria - as coroas e o cetro - que foram benzidos pelo Papa Paulo VI em 5 de dezembro de 1965, no final do Concílio Vaticano II.
Todos os anos, por ocasião do aniversário de Maria Auxiliadora, a basílica torna-se centro de uma devoção popular profundamente sentida e participativa, que culmina com uma procissão pelas ruas do bairro, acompanhada por uma grande festa local, com barracas e outras atrações.
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