Os salesianos chegaram a Rodeo del Medio em 1898, 13 anos depois de sua chegada a Buenos Aires. Já em 1899, Dom Giovanni Cagliero, responsável pelo primeiro grupo de salesianos que chegou à Argentina, benzeu a primeira pedra do colégio e a primeira capela. Pouco depois, o P. Luigi Botta, a primeira vocação nascida na Argentina, foi encarregado de acompanhar o trabalho de Rodeo del Medio, do Instituto Mendoza.
Em seguida, os superiores nomearam o quadro permanente, entre os quais se encontravam o P. Paolo Robotti e o Coadjutor Sr. Ernesto Frigerio. Em 1901, a escola “Dom Bosco” começou a dar aulas de viticultura e enologia; e a adega experimental começou a ser construída tomando como base a antiga adega (que havia sido doada). Assim, o dia 17 de abril desse mesmo ano tornou-se uma data histórica: dia em que o primeiro vinho de Missa foi filtrado.
Em 1901 também começou a construção do Santuário dedicado a Maria Auxiliadora, obra do famoso arquiteto salesiano P. Ernesto Vespignani. Inaugurado em 1909, passou a ser paróquia em 1916 e, em 1998, foi reconhecido como patrimônio cultural, arquitetônico, histórico e religioso do departamento de Maipú, Mendoza.
Em 1905, numa sala de 4 metros por 8, foi criada a primeira oficina, contando apenas com uma mesa de madeira, água corrente e iluminação com lamparinas de parafina. A partir da década de 1930, a escola expandiu o ensino da olivicultura e, ao longo dos anos, a obra salesiana cresceu, ganhando novos edifícios, novos alunos, renovação nos planos de estudos, prestígio.
Outra pedra angular foi depositada em 1965, com a criação da primeira Faculdade de Enologia da América Latina, inaugurada na presença do então Presidente da República, Arturo Illia, com a promoção do P. Francisco Oreglia, um dos principais representantes de todos os tempos da viticultura argentina.
Em 1968 foi inaugurada a Torre Vinaria, projetada para responder a uma fase de expansão da indústria vinícola, por volume de produção e aumento do consumo ‘per capita’.
Atenta às necessidades da sociedade em termos de educação, a obra também ampliou seus níveis e grau de profissionalização, com a criação, em 1983, do terceiro grau, que concede aos alunos um diploma com formação teórica e prática para que possam entrar no mercado de trabalho como protagonistas.
Em 2007, foi inaugurada uma nova e moderna instalação de vinificação, adequando o complexo Escola-Adega às novas tecnologias e – mais importante – colocando todo este capital cultural produtivo a serviço da formação dos alunos.
Um grande número de enólogos formados no centro trabalha em muitas partes do país e do mundo. E um número ainda maior de jovens aprendeu, naquelas ricas terras cultivadas, o valor do Trabalho e o respeito pela Natureza.
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