Na Igreja, os leigos exercem a corresponsabilidade não como ‘colaboradores dos sacerdotes’, mas como ‘corresponsáveis’ pelo ser e agir da Igreja, através da sua preocupação com a vida e a missão da mesma Igreja. Tal como o fermento que leveda o pão desde o interior, assim os leigos são chamados a levar Cristo ao mundo a partir de dentro; a evangelizá-Lo a partir do interior.
Ser, por isso, um leigo católico ativo não significa apenas estar envolvido em ministérios laicais. Diferentemente do clero e dos consagrados, o campo privilegiado dos leigos está, de certa forma, fora das igrejas: tomar posições corajosas e proféticas perante a corrupção e as estruturas de pecado da nossa sociedade atual e imbuir os seus setores sociais, políticos e econômicos, de valores cristãos.
Lembremo-nos de que a vocação leiga é desvalorizada tanto quando o clero e as pessoas consagradas agem e vivem como leigos quanto quando os leigos são tratados como inferiores ou estão sobrecarregados de tarefas e características próprias do clero. O Papa Francisco alerta-nos acerca de um 'duplo pecado' de clericalismo: o primeiro é quando os sacerdotes clericalizam os leigos; o segundo, quando os leigos pedem para ser clericalizados!
Como salesianos e leigos, colaboramos com a Igreja no cumprimento da sua missão de evangelização (Mt 28,19-20), especialmente através da nossa tarefa missionária primária de anunciar o Evangelho aos jovens. Ofereçamos-lhes a oportunidade não de "ter mais" mas de "ser mais", despertando neles as suas consciências através do Evangelho.
Viver o espírito missionário de Dom Bosco significa passar ‘do’ considerar os leigos como meros colaboradores ‘a’ vê-los parceiros na missão. Investindo na formação carismática de nossos leigos colaboradores da missão, construímos a Igreja local e a enriquecemos com o carisma de Dom Bosco.
Para refletir e partilhar
• Como posso promover a comunhão na missão dos Leigos e dos Salesianos em nossa CEP?
• Como podemos reforçar a identidade específica dos Leigos e dos Salesianos em nossa CEP?