O tema principal do encontro foi o alcance das obras salesianas voltadas aos jovens em conflito com a lei e relevância e as formas de influência que ambos os salesianos possam ter, junto às autoridades judiciais ou aos os governos do Brasil e do México.
A troca de experiências e a proximidade com as práticas concretas de algumas obras do Estado de São Paulo permitiram aprofundar a importância e a urgência de prestar um apoio qualificado aos menores que violaram a lei, envolvendo-os num trabalho de prevenção de recaídas, isto é, no trabalho de recuperação e reintegração na família e na comunidade, na educação e no trabalho.
Nos círculos salesianos, já é conhecida a experiência das "medidas socioeducativas" do Brasil, que correspondem ao acompanhamento de menores em liberdade condicional e ao acompanhamento da prestação de serviços comunitários de jovens que são enviados a algumas obras sociais salesianas para cuidar dos menores durante o período de duração de seu processo legal.
Os dois salesianos também visitaram instituições que cuidam de jovens que vivem em ambientes controlados, ou seja, aqueles que cumprem suas medidas jurídicas em regime interno, mas que veem, nas instituições salesianas, aliados no acompanhamento de seus processos. Estes procedimentos foram iniciados em algumas obras sociais do México e permitiram compartilhar modelos de enriquecimento de ambas as regiões, uma vez que, devido às situações específicas de violência no México, considera-se urgente a criação de casas de proteção especializadas para jovens que desejam abandonar grupos armados ou grupos ligados ao crime organizado, bem como para aqueles que estão no fim de suas medidas cautelares, mas que acham impossível reintegrar-se em seu contexto.
A riqueza da rede possibilita a reprodução do modelo das casas de proteção salesianas da Inspetoria da Colômbia-Medellín, para criar um modelo semelhante no México.
Por fim, o encontro também permitiu compartilhar a maneira como os dois salesianos se envolvem com as estruturas do governo para colaborar em rede com outras instituições similares e promover políticas públicas em favor dos jovens que se encontram em condições de vulnerabilidade: de fato, a grande maioria dos menores envolvidos em medidas socioeducativas foi, ou ainda é, vítima de um sistema que marginaliza, exclui e não lhes oferece aqueles fatores tradicionais de proteção.