Porto Rico – Medo e destruição causados pelo terremoto; os tremores continuam
(ANS – San Juan) – Um terremoto de magnitude 6,4 atingiu Porto Rico na segunda-feira, 7 de janeiro, às 9h24 (horário local), perto de Guayanilla, na costa sul da ilha. Este foi o mais forte terremoto que atingiu a ilha desde o forte tremor de 1918: de acordo com o balanço, ainda provisório, o abalo destruiu vários edifícios e deixou ao menos um morto e mais de 300 desabrigados. O tremor do dia 7 de dezembro foi o mais forte de uma série de sismos que estão ocorrendo desde o final de dezembro e que registraram quase mil terremotos somente na última semana. O País encontra-se em estado de emergência.
A área mais afetada, do País, é a costa sul, sobretudo perto de Ponce (cuja Catedral ficou danificada), Peñuelas, Guayanilla (onde a Igreja paroquial Imaculada Conceição desmoronou), Yuaco e Guánica.
Não há até o momento nenhuma informação sobre o estado das três casas salesianas presentes em Porto Rico – Aibonito, Orocovis e Santurce – , cuja localização encontra-se fora dessa área (mais a leste da ilha).
Ontem, mais de dois terços da população de Porto Rico tiveram os serviços de eletricidade e telefonia interrompidos, devido aos sérios danos causados pelo terremoto a uma das principais usinas de Porto Rico, a "Costa Sur", que produz cerca de 40% da energia elétrica local. Várias cidades estão com falta de água.
Há pouco mais de dois anos, a ilha havia sido destruída pelo furacão ‘Maria’ e vários dos edifícios danificados já tinham sido recuperados. Infelizmente, o fenômeno ‘terremotos’ não faz parte da cultura de calamidades da região e as pessoas não estão preparadas para enfrentá-los adequadamente. Por esse motivo, muitas pessoas têm dormido fora de casa, no carro ou na rua.
A Conferência Episcopal de Porto Rico, liderada pelo Bispo de Ponce, Dom Rubún A. González Medina, divulgou ontem uma nota na qual, além de incentivar e convidar a população local a manter a calma, convida toda a Comunidade católica a se ajudar e a ajudar sobretudo a população mais vulnerável (crianças, idosos, doentes...), além de convidar todos os religiosos a organizar vigílias de oração, e celebrações.
Segundo o testemunho de missionários e religiosos reportado pela Agência Fides, apesar dos eventos, a população mantém um espírito positivo e uma grande Fé, embora ainda não seja possível definir o fim desse desastre natural.