"Queremos ser formados, mas querem mutilar nosso futuro, matar nossos sonhos", manifestaram, em uma conferência de imprensa, os alunos da Escola Técnica Salesiana "María Auxiliadora", de Minga Guazú, em protesto contra a falta de apoio aos professores do primeiro ano.
"Estamos fartos de promessas. A educação não deveria ter apenas uma cor, mas as cores da nossa bandeira", também proclamaram os jovens, frente a uma situação que afeta mais de 100 alunos pré-matriculados que ainda não podem participar das aulas do primeiro ano no centro.
Diante da falta de apoio do governo aos professores, na segunda semana de fevereiro, cerca de 300 pessoas, entre estudantes, professores e pais da escola técnica salesiana bloquearam, com bancos e carteiras escolares, a Rota 7, Rota Nacional do Paraguai. Com o uso da força, os alunos pediam que o Ministério de Educação e Ciências (MEC) atribuísse os recursos para os cursos de licenciamento técnico em Eletrotécnica, Mecânica Agrícola, Mecânica Geral e Agromecânica.
O instituto "María Auxiliadora" proporciona, a mais de 300 alunos, uma escola secundária única em seu gênero naquela região.
Após completar as 36 horas de ocupação, os alunos do instituto interromperam o protesto.
O diretor da escola, padre Pablino González SDB, disse que o Coordenador Departamental de Educação, Eligio Martínez, disponibilizou recursos para mais de 1.800 horas de ensino e que há um compromisso para aumentar estes recursos nos próximos meses. O município também prometeu efetuar uma contribuição mensal.
No dia 21 de fevereiro, foi assinada a resolução 1179/2019, na qual o Conselho Municipal do Distrito declara "Emergência Educacional", visando acelerar os esforços para obter os recursos que a escola necessitava.
Desta forma, hoje, segunda-feira, 25 de fevereiro, as aulas foram retomadas.
Amanhã, terça-feira 26, o instituto receberá Ceferino Ruiz, Diretor-Geral do Ministério, acompanhado pelo padre Mario Villalba, inspetor dos salesianos, para uma mesa redonda que também contará com a presença do Diretor Departamental de Educação, Eligio Martínez; dos supervisores Francisca Benítez de Rios e Gill Montiel; da deputada Blanca de Caballero; do prefeito Digno Caballero e de representantes estudantis, além do padre Pablino González.