Tendo chegado à Itália em março de 2017, depois de variadas peripécias acabou batendo em Turim onde, ainda de menor, dormia na estação “Porta Nuova”. Fez alguns trabalhinhos como vendedor ambulante ‘abusivo’ sob os pórticos, até que felizmente se embateu com os educadores salesianos que o interceptaram e acolheram no oratório para um pequeno colóquio, um banho de chuveiro, algo para comer, alguma roupa limpa.
A partir desse momento Ousman não esteve mais “invisível”, porque acompanhava-o e ainda o acompanha, a comunidade salesiana ‘São Salvário’, no âmbito do Projeto nacional “M’interesso di te” (Interesso-me por Você).
“Para favorecer a integração é preciso não manter separadas as diversas atividades” – sublinhou o P. Mauro Mergola, Diretor do Oratório ‘São Luís’, de Turim, que acompanha de perto a cerca de 50 entre menores e neomaiores estrangeiros desacompanhados – . Se esses jovens em dificuldade ficam sempre no mesmo círculo de coisas não chegam a se integrar. Eis a beleza do pátio como o entendia Dom Bosco, onde todos se podem reunir num lugar educativo. Ali se pede aos rapazes ‘dar-nos uma mãozinha’ nas diversas atividades, de pôr-se a... jogar. Desse modo sim, eles se sentem mais parte de uma comunidade: em sua casa”.
A história de Ousman é apenas um dos tantos exemplos de exitosa integração, fruto da dedicação de uma comunidade educativa e do sujeito beneficiado.
No Dia Mundial contra o Tráfico de Pessoas, promovida pelas Nações Unidas e que se celebra hoje, 30 de julho, os Salesianos manifestam mais uma vez o seu amplo empenho para contrastar esse fenômeno, em todos os lugares do mundo.
Entre as iniciativas em que se envolvem os Salesianos da Itália, se podem citar dois Programas de grande amplitude: “Stop Tratta» (Basta de Tráfico), que sensibiliza os jovens dos Países de emigração sobre os riscos dos viagens migratórias e oferece-lhes alternativas de desenvolvimento em seu próprio País e terra; e o Projeto “M’interesso de Te”, que dá suporte e oportunidades para uma progressiva integração àqueles menores e jovens estrangeiros “invisíveis”, que nunca estiveram em comunidades de acolhença (ou que as deixaram cedo demais) e que por isso estão sempre em perigo de cair ou recair nas malhas da criminalidade e da exploração.