P. Francisco, sabemos da terrível situação na Venezuela. Como estão os filhos de Dom Bosco?
Vivemos os mesmos problemas das demais pessoas, e estamos convencidos de que devemos trabalhar sem perder o alento. O trabalho é extenuante devido às circunstâncias: mas a atitude faz a diferença. Sabemos que esta situação passará: esta realidade não pode ir longe. E nós estamos aqui para dar a todos, especialmente aos jovens, esperança.
Que desafios lança o contexto?
Julgo que devemos ir ao encontro das pessoas, sobretudo quando vemos as necessidades por que passam e sofrem. Estamos muito empenhados pelos mais necessitados; e neste campo as procuradorias salesianas e algumas pessoas da Venezuela nos tem amparado e amparam. Com eles ajudamos as pessoas nas necessidades mais essenciais, como possibilitar refeições ou – ao menos – um... lanche.
E onde e a quem prestam esses serviços básicos?
A todos aqueles que os pedem: nas paróquias, nas escolas, na Rede Casas de Dom Bosco. A nossa resposta é estar presente, ali, entre os necessitados imediatos. Entre as pessoas.
Qual é a atitude dos salesianos?
A atitude é muito clara de nossa parte: è a atitude de quem ‘está’. Há uma decisão por parte de todos nós: de ficar no meio do povo. Não abandonamos a Venezuela! Não deixaremos nossas obras! Compartilhamos a pobreza, a miséria, a situação em que vivem os nossos irmãos venezuelanos. E ficaremos com eles.
Que deseja dizer aos Salesianos no Mundo?
O significado desta experiência é colocar Deus e os jovens acima de todas as coisas. Nós, salesianos, estamos convencidos de que, seja o que for que aconteça, devemos levar a termo a nossa missão. Em meio a todas as dificuldades do mundo, trabalharemos pelos jovens. É verdade que “fazemos o que podemos”, pois a situação não é fácil. Animamo-nos mutuamente: não nos rendemos nem nos renderemos, porque estamos mui perto de Deus: encontramo-nos com Ele – o Senhor – nas Pessoas mais necessitadas.