Dos encontros com o Santo Padre e o Cardeal Marc Ouellet PSS, Prefeito da Congregação para os Bispos, participarão 31 Bispos diocesanos e Auxiliares, e dois Bispos Eméritos. Entre eles, também três salesianos: Dom Ricardo Cardeal Ezzati, Arcebispo de Santiago do Chile; Dom Bernardo Bastres, Bispo de Punta Arenas, e Dom Héctor Vargas, Bispo de Temuco.
Poucos dias antes de sua viagem a Roma, Dom Bastres escreveu em Carta aos fiéis da sua Diocese: “Queremos assumir os erros que nos correspondam e corrigi-los, a fim de que a Igreja seja cada vez mais um ambiente sadio e seguro para crianças e jovens… Uma Igreja com feridas não se põe no centro: não julga ser perfeita. Por isso, Ela põe no centro o Único que pode pensar todas as feridas: Jesus Cristo”.
E continua: “Submeter-me-ei novamente à vontade de Pedro, cuja missão é velar pela santidade do Povo de Deus… Peço-lhes, pois, como também pediu o Santo Padre, que nesta hora se ponham em ‘estado de oração”.
Por sua vez Dom Vargas, no âmbito de uma longa entrevista, concedida à emissora “Emol TV”, sublinhou: “O problema dos abusos foi algo extremamente doloroso… Estamos, há diversos anos, trabalhando nisso e, apesar dos esforços ingentes que a Igreja no Chile esteve fazendo (para enfrentar o tema, mostrar o acontecido, acolher as vítimas, formar sobre o tema todos os Agentes pastorais...) ainda não se conseguiu resolver. Temos, realmente, levado muito a sério tudo isso e nisso estamos trabalhando em todas as Dioceses”.
Dom Vargas alimenta absoluta confiança no caminho empreendido pela Igreja chilena e no quanto se fará após o encontro com o Papa. “Estamos dispostos a fazer tudo o que ainda seja necessário fazer nessa perspectiva... Tudo quanto decidir o Santo Padre, será um bem para nós”.
Os bispos salesianos exprimem tanto a sua vontade de trabalhar em comunhão com o Santo Padre quanto a esperança de poder reconstruir o relacionamento entre a Igreja e a Sociedade chilena.