Para o governo central de Naypyidaw, zona de Pang Wai, nos limites com a China, é uma região extremamente perigosa de rebeldes. É uma zona montanhosa, caracterizada pela presença de minerações de pedras preciosas, em particular, de rubi. A caça é a fonte de sustento alimentar, mas também motivo de repetidos conflitos entre as aldeias.
É evidente que realizar um amplo projeto educativo nessa realidade não seja fácil. Os Salesianos, contudo, pretendem iniciar algumas pequenas escolas em quatro aldeias. Trata-se, antes de tudo, de reutilizar velhas construções destinadas anteriormente para isso, mas depois abandonadas, e agora usadas para abrigo de animais. Depois de cinco anos de abandono, muitos telhados caíram ou estão para cair, as paredes estão sujas e os forros desabados. Por isso, a Procuradoria Missionária Salesiana de Turim – “Missões Dom Bosco” – providenciará para fazer delas novamente salas utilizáveis.
Os Salesianos de Mianmar querem mirar a educação dos mais pequenos, instilando neles os princípios básicos do respeito à dignidade humana e da vivência social. A escola será conduzida por educadores que reunirão as crianças da aldeia até os dez/doze anos e começando por elas a primeira alfabetização, com atividades e jogos de grupo. Os chefes das tribos estão de acordo, constituindo uma garantia de segurança e de envolvimento das comunidades.
Periodicamente, as autoridades do País fazem campanhas de “recuperação do território”, que acabam em confrontos nos quais os mortos são sempre muitos e nas quais não é difícil constatar a influência das companhias mineradoras estrangeiras. O bispo local fez o convite aos Salesianos para se ocuparem dessas populações, levando-lhes o Evangelho que passa, necessariamente, pela salvaguarda da identidade e das capacidades locais.
Uma missão ad gentes em sentido próprio. São muitos os jovens. Como os Filhos de Dom Bosco dizerem não?
Para outras informações, visitar o sítio web de “Missões Dom Bosco”