Às portas de Alepo se veem edifícios destruídos. Quanto resta é apenas o testemunho de uma tal brutalidade e desumanidade que fica impossível explicar. Alguns edifícios continuam de pé, íntegros: mas sem um vidro sequer nas janelas. Dão mesmo a impressão de quarteirões fantasmas.
Chegamos ao oratório salesiano de Alepo. A acolhida é calorosa e familiar. Mais uma vez os jovens sírios dão-nos um lindo testemunho do que seja civilização, boa educação, respeito pelo outro, desejo de conhecer-se e estar juntos de boa vontade...
A casa salesiana se encontra no centro, mas na parte oeste de Alepo; por isso não foi sitiada pelos rebeldes: entretanto, faltavam apenas 500 metros para achar-se na linha de frente dos combates violentos. Os Salesianos são quatro: dois recém-chegados e dois que passaram ali todos os anos da guerra. Pode parecer estranho, mas a obra educativa nunca deixou de ser um normal oratório salesiano: a extraordinariedade reside exatamente nessa ordinariedade.
No dia seguinte, fomos aos bairros de Alepo destruídos nos momentos mais cruentos da guerra. Uma animadora do oratório nos veio ao encontro e acompanhou-nos a ver o lugar onde ficava a sua casa. Para lá chegar atravessamos as casas de outros: não adianta pedir licença para entrar; entra-se por um buraco na parede e se atravessam salas e quartos vazios, e destruídos.
Vimos um espaço que devia ser um mercadinho, agora ajeitado para estábulo de cabras. Cabras na cidade! O povo pobre sobrevive como pode e, agora que as bombas e os atiradores de tocaia silenciaram, se adapta a viver como pode. Pelas ruas empoeiradas e cinzentas passa – rápida – a gente. Também numerosas crianças.
Também neste inferno ressurge a vida!
Para ulteriores informações, ver sítio “Missioni Don Bosco”.