O “Centro Dom Bosco” encontra-se em Tzacanihá, perto de San Pedro Carchá, e é uma obra que acolhe os rapazes e jovens de Raxruhá e da vizinha cidade de Chamelco.
O P. Antonio De Groot SDB, fundador e promotor desse grande projeto educativo, organizou a grande celebração com o apoio quer da sua nascente Congregação Religiosa indígena "Os Missionários de Cristo Bom Pastor", quer de um notável grupo de colaboradores.
Por três dias os 1000 jovens, hóspedes no "Centro Dom Bosco", viveram a alegria salesiana com música, teatro, esporte, desfiles, passeios: tudo se encerrou na Concelebração Eucarística.
O início dessa aventura educativa tem um paralelo quase perfeito com o conhecido episódio do encontro de Dom Bosco com o rapaz Bartolomeu Garelli, em Turim, em 1841. O P. Antonio vivia e trabalhava em Raxruhá, região distante, quase inacessível e sem qualquer serviço de base, às bordas da selva. Um dia um jovem indiano perguntou se podia frequentar a sua casa para aprender a ler e escrever. Pouco depois se juntou a ele um segundo, depois um terceiro: e logo se formou um pequeno grupo. À medida que o grupo aumentava, surgiam também os ambientes elementares.
36 anos depois, o Centro Dom Bosco dispõe de belas e funcionais construções, áreas verdes, limpeza, ordem... Na área geográfica em que opera, assistiu-se a uma verdadeira revolução educativa.
Demonstrou que os jovens indígenas possuem inteligência atenta e viva, um grande desejo de desenvolvimento e uma energia exuberante. É surpreendente saber que muitos alunos conseguem passar do Centro Dom Bosco diretamente à Universidade e que agora trabalham como profissionais do maior respeito.
Se alguém buscasse hoje imaginar o Oratório de Valdocco nos dias de Dom Bosco, bastaria que desse uma chegadinha até San Pedro Carchá...!